sábado, 16 de janeiro de 2016

DISTRITO FEDERAL -Sistemas do GDF têm um caso de invasão e 6,8 mil tentativas em 2015

Hacker tenta encontrar senha para invadir sistema (Foto: Pixabay/Divulgação)
Os sistemas de informática do governo do Distrito Federal sofreram 6,8 mil tentativas de invasão em 2015. Em apenas uma oportunidade, o hacker teve sucesso, em setembro. De acordo com a Secretaria de Planejamento, o GDF investiu cerca de R$ 6 milhões no ano passado para proteger os arquivos virtuais. Os dado foram obtidos pela reportagem  por meio da Lei de Acesso à Informação.
Na maioria das tentativas de invasão foram usadas duas técnicas para quebrar códigos do GDF. Uma das estratégias é a de “força bruta”, quando são tentadas todas as possibilidades de senhas. Outra estratégia é conhecida como “ataque do dicionário”. Segundo o consultor Antônio Martino, cientista da computação, o método consiste em usar as senhas mais frequentes – como “123” – para tentar acesso ao sistema.
“O ataque do dicionário é mais refinado que o de força bruta. Ele pega palavra comuns da língua portuguesa ou termos frequentes e tenta combinações”, disse Martino“Com o método do dicionário, o ataque fica mais efetivo e aumentam as chances de invadir os servidores.”
A Secretaria de Planejamento não informou o número de tentativas de invasão que ocorreram em 2014, por isso não é possível fazer um comparativo. “Isso ocorre pelo fato de que os equipamentos de segurança de rede, utilizados à época, foram substituídos em 2015 e não estão mais em operação.”
Segundo a pasta, não houve invasão a sites ou sistemas hospedados nos servidores do GDF naquele ano. A secretaria informou que ocorreram “diversos ataques” no período próximo à Copa do Mundo. À época, a intenção era sobrecarregar os servidores do governo. “O objetivo nesse caso não é roubar nem invadir nada, apenas tornar o ambiente indisponível aos usuários e cidadãos.”
Charge com crítica à corrupção em página do GDF invadida por hackers (Foto: Reprodução)Invasão às páginas do governo
No dia 17 setembro do ano passado, as páginas do GDF na internet foram invadidas. Ao abrir o site da Agência Brasília e demais páginas institucionais do Executivo, uma janela com a mensagem "sob nova administração" era exibida. Na ocasião, o governo retirou os serviços do ar e “recuperou” os espaços.
“Não ocorreu comprometimento de informações, tampouco de violação ou captura de qualquer tipo de dado institucional, que ficam em ambiente seguro e diverso do afetado”, informou a Secretaria de Planejamento. O governo não afirmou sobre o andamento das apurações para identificar o autor do ataque.
As páginas do GDF apareciam com uma charge sobre corrupção e um texto escrito "*** STOP CORRUPÇÃO *** Corrupção pra lá , Corrupção pra cá ! Será que isso nunca vai acabar ?".
"Enquanto aqueles que deveria cuidar da pátria, roubam o nosso dinheiro suado e deixam muitos Brasileiros na miséria. Cria falsa ilusão de segurança para GRINGOS vir ao "BraZil" e achar que ta tudo bem, não, por aqui nada bem".
O texto também faz referência à violência. "UPP = Maquiagem da favela / Pessoas de bem cada vez +++++ morrendo por balas perdidas ou até achadas em favelas "Pacificadas" e entrando pra triste Estatística ou talvez nem nela entre . Até quando ? Até quandoooooooo ?"
Ao final, os hackers se identificavam com codinomes e escreveram, em inglês: "Hackear não é um crime, é arte em protesto."

Boxes na Rodoviária do Plano Piloto serão reorganizados neste sábado

Rodoviária do Plano Piloto, no centro de Brasília (Foto: Dênio Simões/Agência Brasília)Rodoviária do Plano Piloto, no centro de Brasília
Com o objetivo de facilitar a procura por ônibus, o Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans) reorganizará, a partir de sábado (16), os boxes de 101 das 167 linhas que circulam no terminal. Com a nova disposição, os coletivos ficarão acomodados por bacia, e, consequentemente, por empresa.
As alterações ocorrerão nas plataformas A, B, C, D e E. Na segunda, onde estacionam os ônibus do Expresso Sul, apenas serão invertidos os embarques para Santa Maria e Gama. Na plataforma A, ficarão as linhas da TCB, da Pioneira e da Piracicabana; na C, da Marechal, da São José, da Pioneira e da Piracicabana; na D, da Urbi; e na E, da Piracicabana e da São José.
De acordo com o DFTrans, a reorganização foi necessária devido à licitação feita em 2011 para a renovação da frota. Apesar das mudanças no atendimento das linhas, os boxes antigos foram mantidos e, ao assumir, as empresas ganhadoras do edital acabaram ficando espalhadas na rodoviária.
Segundo o o diretor-técnico do DFTrans, Márcio Antônio Ricardo de Jesus, além de tentar ajudar os passageiros na hora da procura, já que eles são habituados às empresas que operam as linhas, a divisão vai facilitar a fiscalização.

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