O desconto foi uma das medidas adotadas para estimular a população a economizar água durante a crise hídrica. O novo cálculo do bônus consiste na adoção, para cada cliente, de um novo Consumo Médio de Referência (CMR). Até o fim de 2015, o CMR correspondia à média de consumo no período fevereiro 2013 a janeiro 2014. O novo CMR, para aplicação de bônus, será calculado pela multiplicação do antigo CMR por 0,78.
Na prática, pelo novo cálculo, quem já economizava água para ganhar o bônus, terá de economizar ainda mais.
Por exemplo: uma casa que consumiu em média 15 mil litros por mês (no período de fevereiro de 2013 a janeiro de 2014), terá a média para o cálculo reajustada em 11,7 mil litros por mês (15 mil litros multiplicado por 0,78). Por isso, para obter o desconto de pelo menos 10% na conta, esse mesmo imóvel precisará consumir, no máximo, 9,6 mil litros por mês. Um mil litros equivale a 1 metro cúbico, unidade de medida que é usada na conta da Sabesp para o consumo.
Já as regras para a aplicação da tarifa de contingência - que é a cobrança de multas de clientes que aumentarem o consumo - não serão alteradas e continuarão até o fim de 2016. O cálculo continuará a ser feito em relação à média de consumo entre fevereiro de 2013 a janeiro de 2014. As residências que consomem até 20% além da média pagam conta 40% mais cara. Já as que excederem os gastos em mais de 20% recebem multa de 100% no fim do mês.
As regras foram aprovadas pela Agência Reguladora estadual de Saneamento e Energia de São Paulo (Arsesp) e valem até o fim de 2016. Para justificar os ajustes, a companhia de abastecimento disse que constatou que houve redução no consumo de 22% no período de análise mais recente, de outubro de 2014 a setembro de 2015.
Por isso, a empresa reajustou as médias de consumo nessa mesma proporção. Mas, em dezembro, mês em que o Sistema Cantareira saiu do volume morto, Grande São Paulo registrou a maior taxa de aumento no consumo de água em 2015.
Faixas para obter o bônus
Os níveis de economia para obter o bônus, porém, permanecem os mesmos. Os imóveis que economizarem entre 10% e 15% o consumo de água têm desconto de 10% na conta. Os que diminuírem o gasto entre 15% ou 20% recebem bônus de 20%. Já as residências que economizam 20% ou mais recebem desconto de 30% na conta de água.
Corte na redução de pressão
A Sabesp diminuiu, em média, sete horas diárias o período de redução de pressão na rede de abastecimento de água na capital paulista e em cidades da Grande São Paulo. A empresa disse que a prática é usual desde a década de 1990 para reduzir perdas por vazamentos, mas com a crise hídrica no estado a ação de racionamento oficial foi intensificada.
Até 18 de dezembro do ano passado, 12 dias antes de o Sistema Cantareira sair do volume morto, a redução de pressão durava, em média, 15 horas diárias, normalmente no período da tarde e noite. Com as mudanças, o período médio caiu para 8 horas diárias, no fim da tarde e madrugada.
A redução de pressão representa 52% do consumo de água registrado na região metropolitana, segundo dados da companhia na primeira quinzena de 2016. Apesar de aliviar o racionamento, a Sabesp disse, em nota, que a prioridade continua sendo a recuperação dos mananciais.
Racionamento 'oficial'
Em janeiro do ano passado, a companhia admitiu, pela primeira vez desde o início da crise, que toda a Grande São Paulo estava com redução de pressão. Após um pedido da Justiça, a empresa divulgou um mapa das áreas afetadas.
Na época, a Sabesp afirmou que a redução ocorria “preponderantemente durante a noite/madrugada, período em que grande maioria da população dorme e as atividades econômicas praticamente inexistem”. Se o imóvel tiver caixa d'água, a redução da pressão na rede não é percebida, disse a Sabesp.
A realidade vivida pelos moradores, no entanto, foi outra. A reportagem acompanhou as alternativas encontradas por famílias de São Paulo para enfrentar as torneiras secas (leia no blog Como Economizar Água os relatos dos moradores ao repórter Glauco Araújo). Segundo a Sabesp, a implantação de rodízio é evitada para não prejudicar, principalmente, a população localizada em regiões altas ou em final de rede.
No rodízio, a válvula é totalmente fechada. Por causa da extensão da rede de abastecimento, esses moradores, segundo a companhia, podem permanecer por período muito longo sem abastecimento, já que a água só vai chegar nestes locais depois de encher toda a rede e as caixas de água das áreas mais baixas. No racionamento, a válvula é fechada parcialmente, reduzindo o volume de água nas tubulações e, consequentemente, a pressão na rede.
Carreta atravessa Dutra e passa por cima de veículo em Guarulhos
Uma carreta atravessou a pista da Rodovia Presidente Dutra, em Guarulhos, na Grande São Paulo, e passou por cima de um carro no fim da madrugada desta segunda (1º). Duas pessoas ficaram feridas.O caminhão desceu pela Avenida Carmela Dutra, quebrou uma mureta da pista lateral e parou na pista expressa. Um Celta que trafegava no local foi atingido e ficou debaixo da carreta. O acidente ocorreu na altura do km 211 no sentido São Paulo.
A Rodovia Ayrton Senna, que é uma alternativa à Dutra para chegar a São Paulo, apresentava 10 km de congestionamento devido ao alto fluxo de veículos às 8h. O tráfego estava lento do km 23 ao km 13. No horário o veículo já tinha sido retirado.
O Corpo de Bombeiros socorreu duas pessoas que estavam no Celta. Para isso, foi preciso abrir o veículo pelo porta-malas. O helicóptero Águia, da Polícia Militar, pousou na pista da rodovia para levar uma das vítimas ao hospital. Segundo a polícia, elas sofreram apenas ferimentos leves. A carreta ficou atravessada e bloqueou totalmente a pista expressa, sentido São Paulo, e uma faixa no sentido Rio.
Os motoristas que seguiam de Guarulhos para São Paulo deveriam acessar a Rodovia Ayrton Senna.
Domingo de pré-carnaval leva 300 mil às ruas de São Paulo, diz Prefeitura
A Rua da Consolação ficou completamente lotada no desfile do bloco Acadêmicos do Baixo Augusta, na tarde desde domingo (31). Mais cedo, o bloco carioca Monobloco reuniu um grande púbilco na região do Parque do Ibirapuera, mesmo sob sol escandante. Teve ainda Quizomba no Centro, Confraria do Pasmado e Gambiarra com Tiago Abravanel na Faria Lima, além de uma série de bloquinhos espalhados pela cidade.Segundo a Prefeitura, o domingo teve 300 mil foliões nas ruas. No sábado foram 100 mil, segundo a administração municipal. A Polícia Militar não fez balanço de estimativa de público nos blocos de pré-carnaval.
Segundo pesquisa feita pela SPTuris com foliões neste fim de semana, 97% do público é de São Paulo e 71% escolheu ficar na cidade para curtir a festa. O cantor Alceu Valença, que se apresentou no sábado, aposta que "São Paulo em poucos anos terá o maior carnaval de rua do mundo".
"É lindo São Paulo aceitar o caos do carnaval, aceitar essa loucura", disse a atriz Leandra Leal, carioca e acostumada com blocos gigantescos do Rio de Janeiro, como o Cordão do Bola Preta. Ela participou do desfile do bloco Acadêmicos do Baixo Augusta, que fez sumir o asfalto da Rua da Consolação no trajeto rumo à Rua Xavier de Toledo. Segundo a Prefeitura, foram 90 mil foliões no desfile. Os organizadores falaram em 120 mil.
O som potente do trio elétrico Demolidor, o mesmo que é usado por Ivete Sangalo no carnaval de Salvador, comandou a festa na descida da Consolação. A atriz Alessandra Negrini, musa do Baixo Augusta, disse que é muito importante as pessoas ocuparem as ruas para curtir o carnaval. "É muita gente!" A cantora Paula Lima e o cantor Simoninha também entoaram rock, pop, axé, marchinha e clássicos do samba. Teve até "I fell good", de James Brown.
Fafá de Belém, que já tinha se apresentado no sábado no bloco Bicho Maluco Beleza, voltou a subir em um trio neste domingo e comandou a multidão do baixo Augusta ao sou do seu sucesso "Vermelho".
Cariocas em SP
Os blocos cariocas já descobriram o filão de fazer apresentações em São Paulo antes do carnaval oficialmente começar. No sábado (30), o Bangalafumenga e o Sargento Pimenta se apresentaram pelo terceiro ano consecutivo no pré-carnaval paulistano.
Neste domingo foi a vez do Monobloco estrear em São Paulo. "Foi um sucesso, não esperava tanta gente", disse o músico Pedro Luís, um dos idealizadores do Monobloco. "Para o ano que vem vamos preparar uma bateria ainda maior." O desfile teve até festival gastronômico com food trucks. Mais gente faturando com o carnaval de rua.
Mais policiamento
A madrugada de sábado para domingo não teve registro de confusão e violência, como ocorrido na noite anterior na Vila Madalena. Apesar disso, o governo estadual disse que vai aumentar o efetivo de policiais para os dias de carnaval. Nós vamos reforçar o policiamento para evitar agressões e para
O governador Geraldo Alckmin também falou sobre a atuação da PM durante o carnaval e disse que a folia deve "respeitar as regras". "O que se deseja é compatibilizar a festa, o lazer, as pessoas poderem se divertir. Mas também a tranquilidade de quem mora, de quem vive no bairro. E é possível faze-lo, mas é preciso respeitar as regras", comentou.
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