segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

SÃO PAULO - Bônus na conta de água na Grande SP fica mais difícil a partir desta segunda


Racionamento Água São Paulo JG (Foto: Reprodução: TV Globo)Bônus na conta de água ficará mais difícil a partir de fevereiro em São Paulo
A partir desta segunda-feira (1º), a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) fará um novo cálculo para o desconto na conta de água para os clientes da Grande São Paulo que conseguirem reduzir o consumo. As regras do programa de desconto foram autorizadas no fim do ano passado e ficará mais difícil para os consumidores obterem o bônus na fatura a partir de fevereiro.
O desconto foi uma das medidas adotadas para estimular a população a economizar água durante a crise hídrica. O novo cálculo do bônus consiste na adoção, para cada cliente, de um novo Consumo Médio de Referência (CMR). Até o fim de 2015, o CMR correspondia à média de consumo no período fevereiro 2013 a janeiro 2014. O novo CMR, para aplicação de bônus, será calculado pela multiplicação do antigo CMR por 0,78.
Na prática, pelo novo cálculo, quem já economizava água para ganhar o bônus, terá de economizar ainda mais.
 
Por exemplo: uma casa que consumiu em média 15 mil litros por mês (no período de fevereiro de 2013 a janeiro de 2014), terá a média para o cálculo reajustada em 11,7 mil litros por mês (15 mil litros multiplicado por 0,78). Por isso, para obter o desconto de pelo menos 10% na conta, esse mesmo imóvel precisará consumir, no máximo, 9,6 mil litros por mês. Um mil litros equivale a 1 metro cúbico, unidade de medida que é usada na conta da Sabesp para o consumo.
Já as regras para a aplicação da tarifa de contingência - que é a cobrança de multas de clientes que aumentarem o consumo - não serão alteradas e continuarão até o fim de 2016. O cálculo continuará a ser feito em relação à média de consumo entre fevereiro de 2013 a janeiro de 2014. As residências que consomem até 20% além da média pagam conta 40% mais cara. Já as que excederem os gastos em mais de 20% recebem multa de 100% no fim do mês.
As regras foram aprovadas pela Agência Reguladora estadual de Saneamento e Energia de São Paulo (Arsesp) e valem até o fim de 2016. Para justificar os ajustes, a companhia de abastecimento disse que constatou que houve redução no consumo de 22% no período de análise mais recente, de outubro de 2014 a setembro de 2015.
Por isso, a empresa reajustou as médias de consumo nessa mesma proporção. Mas, em dezembro, mês em que o Sistema Cantareira saiu do volume morto, Grande São Paulo registrou a maior taxa de aumento no consumo de água em 2015.
Faixas para obter o bônus
Os níveis de economia para obter o bônus, porém, permanecem os mesmos. Os imóveis que economizarem entre 10% e 15% o consumo de água têm desconto de 10% na conta. Os que diminuírem o gasto entre 15% ou 20% recebem bônus de 20%. Já as residências que economizam 20% ou mais recebem desconto de 30% na conta de água.
Corte na redução de pressão
A Sabesp diminuiu, em média, sete horas diárias o período de redução de pressão na rede de abastecimento de água na capital paulista e em cidades da Grande São Paulo. A empresa disse que a prática é usual desde a década de 1990 para reduzir perdas por vazamentos, mas com a crise hídrica no estado a ação de racionamento oficial foi intensificada.
Até 18 de dezembro do ano passado, 12 dias antes de o Sistema Cantareira sair do volume morto, a redução de pressão durava, em média, 15 horas diárias, normalmente no período da tarde e noite. Com as mudanças, o período médio caiu para 8 horas diárias, no fim da tarde e madrugada.

A Sabesp disponibilizou na internet a relação dos bairros, por cidade, os horários em que haverá redução de pressão. A companhia recomenda que o morador tenha reserva de água adequada ao consumo dos usuários por 24 horas e que verifique se as instalações internas estão ligadas à caixa de água e não diretamente à rede da rua.
A redução de pressão representa 52% do consumo de água registrado na região metropolitana, segundo dados da companhia na primeira quinzena de 2016. Apesar de aliviar o racionamento, a Sabesp disse, em nota, que a prioridade continua sendo a recuperação dos mananciais.
Racionamento 'oficial'
Em janeiro do ano passado, a companhia admitiu, pela primeira vez desde o início da crise, que toda a Grande São Paulo estava com redução de pressão. Após um pedido da Justiça, a empresa divulgou um mapa das áreas afetadas.
Na época, a Sabesp afirmou que a redução ocorria “preponderantemente durante a noite/madrugada, período em que grande maioria da população dorme e as atividades econômicas praticamente inexistem”. Se o imóvel tiver caixa d'água, a redução da pressão na rede não é percebida, disse a Sabesp.
A realidade vivida pelos moradores, no entanto, foi outra. A reportagem  acompanhou as alternativas encontradas por famílias de São Paulo para enfrentar as torneiras secas (leia no blog Como Economizar Água os relatos dos moradores ao repórter Glauco Araújo). Segundo a Sabesp, a implantação de rodízio é evitada para não prejudicar, principalmente, a população localizada em regiões altas ou em final de rede.
No rodízio, a válvula é totalmente fechada. Por causa da extensão da rede de abastecimento, esses moradores, segundo a companhia, podem permanecer por período muito longo sem abastecimento, já que a água só vai chegar nestes locais depois de encher toda a rede e as caixas de água das áreas mais baixas. No racionamento, a válvula é fechada parcialmente, reduzindo o volume de água nas tubulações e, consequentemente, a pressão na rede.
Vista da represa Jaguari-Jacareí na cidade de Bragança Paulista, que integra o Sistema Cantareira de abastecimento de água, no interior paulista, no dia 21 de janeiro (Foto: Carlos Nardi/Estadão Conteúdo)Vista da represa Jaguari-Jacareí na cidade de Bragança Paulista, que integra o Sistema Cantareira de abastecimento de água, no interior paulista, no dia 21 de janeiro

Carreta atravessa Dutra e passa por cima de veículo em Guarulhos

Uma carreta atravessou a pista da Rodovia Presidente Dutra, em Guarulhos, na Grande São Paulo, e passou por cima de um carro no fim da madrugada desta segunda (1º). Duas pessoas ficaram feridas.
O caminhão desceu pela Avenida Carmela Dutra, quebrou uma mureta da pista lateral e parou na pista expressa. Um Celta que trafegava no local foi atingido e ficou debaixo da carreta. O acidente ocorreu na altura do km 211 no sentido São Paulo.
A Rodovia Ayrton Senna, que é uma alternativa à Dutra para chegar a São Paulo, apresentava 10 km de congestionamento devido ao alto fluxo de veículos às 8h. O tráfego estava lento do km 23 ao km 13. No horário o veículo já tinha sido retirado.
Acidente interdita parcialmente o km 211 da Rodovia Presidente Dutra, no sentido São Paulo, em Guarulhos (Foto: Reprodução/TVGlobo) Segundo agentes da Polícia Rodoviária Federal, o motorista da carreta parou o veículo em uma avenida que atravessa a Dutra para perguntar, na porta de uma empresa, o local que deveria entregar a carga. A carreta, porém, seguiu em frente sem o motorista, ganhou velocidade e causou o acidente.
O Corpo de Bombeiros socorreu duas pessoas que estavam no Celta. Para isso, foi preciso abrir o veículo pelo porta-malas. O helicóptero Águia, da Polícia Militar, pousou na pista da rodovia para levar uma das vítimas ao hospital. Segundo a polícia, elas sofreram apenas ferimentos leves. A carreta ficou atravessada e bloqueou totalmente a pista expressa, sentido São Paulo, e uma faixa no sentido Rio.
Ferido é retirado por bombeiros de veículo atingido por carreta na Dutra em Guarulhos (Foto: Reprodução/TV Globo) Segundo a concessionária NovaDutra, que administra a rodovia, o acidente provocou congestionamento do km 206 ao km 212. Havia bobinas de aço caídas na pista que, provavelmente, eram transportadas pela carreta.
Os motoristas que seguiam de Guarulhos para São Paulo deveriam acessar a Rodovia Ayrton Senna.Carreta ficou sobre outro veículo na Dutra em Guarulhos (Foto: Reprodução/TV Globo)

Domingo de pré-carnaval leva 300 mil às ruas de São Paulo, diz Prefeitura

A Rua da Consolação ficou completamente lotada no desfile do bloco Acadêmicos do Baixo Augusta, na tarde desde domingo (31). Mais cedo, o bloco carioca Monobloco reuniu um grande púbilco na região do Parque do Ibirapuera, mesmo sob sol escandante. Teve ainda Quizomba no Centro, Confraria do Pasmado e Gambiarra com Tiago Abravanel na Faria Lima, além de uma série de bloquinhos espalhados pela cidade.
 
Segundo a Prefeitura, o domingo teve 300 mil foliões nas ruas. No sábado foram 100 mil, segundo a administração municipal. A Polícia Militar não fez balanço de estimativa de público nos blocos de pré-carnaval.
Segundo pesquisa feita pela SPTuris com foliões neste fim de semana, 97% do público é de São Paulo e 71% escolheu ficar na cidade para curtir a festa. O cantor Alceu Valença, que se apresentou no sábado, aposta que "São Paulo em poucos anos terá o maior carnaval de rua do mundo".
"É lindo São Paulo aceitar o caos do carnaval, aceitar essa loucura", disse a atriz Leandra Leal, carioca e acostumada com blocos gigantescos do Rio de Janeiro, como o Cordão do Bola Preta. Ela participou do desfile do bloco Acadêmicos do Baixo Augusta, que fez sumir o asfalto da Rua da Consolação no trajeto rumo à Rua Xavier de Toledo. Segundo a Prefeitura, foram 90 mil foliões no desfile. Os organizadores falaram em 120 mil.

O som potente do trio elétrico Demolidor, o mesmo que é usado por Ivete Sangalo no carnaval de Salvador, comandou a festa na descida da Consolação. A atriz Alessandra Negrini, musa do Baixo Augusta, disse que é muito importante as pessoas ocuparem as ruas para curtir o carnaval. "É muita gente!" A cantora Paula Lima e o cantor Simoninha também entoaram rock, pop, axé, marchinha e clássicos do samba. Teve até "I fell good", de James Brown.
Fafá de Belém, que já tinha se apresentado no sábado no bloco Bicho Maluco Beleza, voltou a subir em um trio neste domingo e comandou a multidão do baixo Augusta ao sou do seu sucesso "Vermelho".
A atriz Alessandra Negrini e a cantora Fafá de Belém em trio durante desfile do bloco Acadêmicos do Baixo Augusta (Foto: Glauco Araújo/G1)


Cariocas em SP
Os blocos cariocas já descobriram o filão de fazer apresentações em São Paulo antes do carnaval oficialmente começar. No sábado (30), o Bangalafumenga e o Sargento Pimenta se apresentaram pelo terceiro ano consecutivo no pré-carnaval paulistano.
Neste domingo foi a vez do Monobloco estrear em São Paulo. "Foi um sucesso, não esperava tanta gente", disse o músico Pedro Luís, um dos idealizadores do Monobloco. "Para o ano que vem vamos preparar uma bateria ainda maior." O desfile teve até festival gastronômico com food trucks. Mais gente faturando com o carnaval de rua. 
Mais policiamento
A madrugada de sábado para domingo não teve registro de confusão e violência, como ocorrido na noite anterior na Vila Madalena. Apesar disso, o governo estadual disse que vai aumentar o efetivo de policiais para os dias de carnaval. Nós vamos reforçar o policiamento para evitar agressões e para Multidão segue trio do bloco Acadêmicos do Baixo Augusta, na Rua da Consolação (Foto: Glauco Araújo/G1)evitar que ocorra novamente essas manifestações de foliões exagerados que estavam embriagados", afirmou o secretário de Segurança Pública Alexandre de Moraes.
O governador Geraldo Alckmin também falou sobre a atuação da PM durante o carnaval e disse que a folia deve "respeitar as regras". "O que se deseja é compatibilizar a festa, o lazer, as pessoas poderem se divertir. Mas também a tranquilidade de quem mora, de quem vive no bairro. E é possível faze-lo, mas é preciso respeitar as regras", comentou.
31/01 - Folião com uma fantasia de camisinha curte o bloco 'Acadêmicos do Baixo Augusta' na Rua da Consolação, em São Paulo (Foto: Cris Faga/Fox Press Photo/Estadão Conteúdo)31/01 - Folião com uma fantasia de camisinha curte o bloco 'Acadêmicos do Baixo Augusta' na Rua da Consolação, em São Paulo
31/01 - Folião curte o bloco 'Acadêmicos do Baixo Augusta' na Rua da Consolação, em São Paulo (Foto: Cris Faga/Fox Press Photo/Estadão Conteúdo)31/01 - Folião curte o bloco 'Acadêmicos do Baixo Augusta' na Rua da Consolação, em São Paulo
Foliões se divertem no bloco 'Acadêmicos do Baixo Augusta' na rua da Consolação, na região central de São Paulo (Foto: Kevin David/Futura Press/Estadão Conteúdo)Foliões se divertem no bloco 'Acadêmicos do Baixo Augusta' na rua da Consolação, na região central de São Paulo
Região do Ibirapuera ficou lotada com o desfile do Monobloco (Foto: Leonardo Benassatto/Futura Press/Estadão Conteúdo)Região do Ibirapuera ficou lotada com o desfile do Monobloco
Dom (310 - Bateria do Quizomba desfila na Avenida Tiradentes, em São Paulo (Foto: Amauri Nehz/Brazil Photo Press/Estadão Conteúdo)Dom (310 - Bateria do Quizomba desfila na Avenida Tiradentes, em São Paulo
31/01 – Monobloco durante apresentação (Foto: G1)31/01 – Monobloco durante apresentação (Foto: G1)
31/01 - Foliões se divertem na estreia do Monobloco na região do Parque Ibirapuera, na zona sul de São Paulo (Foto: Gero/Estadão Conteúdo)31/01 - Foliões se divertem na estreia do Monobloco na região do Parque Ibirapuera, na zona sul de São Paulo
Folião 'comemora Oscar' durante o bloco Amigos da Vila Mariana neste domingo (31) em São Paulo (Foto: Cauê Fabiano/G1)Folião 'comemora Oscar' durante o bloco Amigos da Vila Mariana neste domingo (31) em São Paulo

Leandra Leal brinca no Bloco Baixa Augusta na Rua da Consolação, em São Paulo (Foto: Glauco Araújo/G1)Leandra Leal brinca no Bloco Baixa Augusta na Rua da Consolação, em São Paulo
A atriz Alessandra Negrini sobe em trio durante desfile do bloco Acadêmicos do Baixo Augusta (Foto: Glauco Araújo/G1)A atriz Alessandra Negrini sobe em trio durante desfile do bloco Acadêmicos do Baixo Augusta

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