Um vídeo que circula em redes sociais mostra a mãe da gestante, Edna Maria Farias de Brito, retornando ao hospital por volta de 3h com o feto nos braços. A mulher passa mais de um minuto na recepção da unidade de saúde e nenhum funcionário a recebe. Ela chora, pede ajuda e reclama que havia acabado de sair com a filha de lá. De acordo com a secretaria, o segurança na cadeira de rodas prestou socorro à jovem.
Ao G1, Edna criticou o atendimento dado à filha, que tinha cerca de cinco meses de gestação. “Ela estava sentindo muita dor. Não fizeram exame nenhum, nenhum, nem ecografia, nem nada, nem toque. A médica só perguntou onde era a dor. O atendimento todo durou 15 minutos.”
A reportagem não conseguiu contato com a profissional. A Secretaria de Saúde disse que a jovem não retornou ao consultório médico após ser medicada. “[Ela] Não apresentava sangramento, nem sintomas de trabalho de parto ou abortamento. Diante do quadro apresentado, ela recebeu o atendimento necessário naquele momento.”
“Quando minha filha chegou em casa, reclamou de dores e falou: ‘mãe, minha vagina está esquentando, tem um negócio saindo’. Botei ela em pé para entrar no carro e voltarmos ao hospital. O bebê caiu de dentro dela, quebrou o braço, bateu a cabeça. Não teve nem como salvar, já estava morto”, disse Edna, emocionada.
A família, que é de Águas Lindas (GO), voltou ao Hospital Regional de Ceilândia. Enquanto a filha era internada, Edna conta que tentou contato com a médica que atendeu a jovem inicialmente. O tempo de deslocamento entre a casa delas e a unidade é de 20 minutos.
“Voltei para perguntar à médica o motivo de ela não atender minha filha direito, o porquê de ter mandado minha filha para casa”, explica. “Eu me sinto humilhada. A médica já começou mentindo, ela ligou para a 15ª DP [delegacia da região] para dar a versão dela, dizendo que minha filha entrou com sinal de agressão, sendo que não existe, que não foi por isso, ela quis justificar que meu neto nasceu morto por causa de uma agressão que não existiu.”
O feto foi levado para o Instituto Médico Legal. A polícia nega ter recebido telefonema da médica. A direção do Hospital Regional de Ceilândia informou que havia três ginecologistas trabalhando no plantão noturno. No período foram registradas duas cesarianas e 11 partos normais, além dos atendimentos às outras pacientes.
“Minha mãe chegou lá às 22h [de sábado], foi atendida, passaram um exame de urina para saber se a bolsa estava rompendo. A pressão dela estava muito alta, ela já teve pré-eclâmpsia. Com tudo isso que aconteceu, quando a avó voltou com o bebê, só desligaram as luzes da recepção e não atenderam mais ninguém. A médica foi embora. Minha mãe foi embora às 6h, oito horas depois, sem ter resultado do exame”, diz.
A secretaria disse que as luzes desligadas eram da sala de acolhimento e que o fato ocorreu no intervalo. Anna Karolina também criticou o atendimento dado por outros funcionários da unidade e disse ver negligência médica. “Minha mãe está com medo de voltar ao hospital, está desesperada e já está sentindo contração.”
Exames
De acordo com Edna Maria, a gravidez foi descoberta tardiamente. A filha dela ainda não tinha dado início ao pré-natal e faria na próxima semana uma ecografia para verificar o tempo exato de gestação.
“A médica falou que não podia examiná-la porque ela não tinha pré-natal, mas eu falei que esse era mais que motivo para fazer exame”, lembra. “Hoje foi meu neto que morreu, mas amanhã vai ser outro. Queria que eles [hospital] pagassem por tudo o que fizeram.
Quadras de seis regiões do DF ficam sem luz para reparos nesta segunda
Quadras de seis regiões do Distrito Federal
ficam sem energia nesta segunda-feira (1º) para manutenção preventiva
da rede. O serviço será realizado em Ceilândia, Guará, Gama, Samambaia, São Sebastião e Núcleo Bandeirante.As atividades começam às 8h e vão até as 17h30. Entre os serviços previstos estão troca de transformadores, poda de árvores, recondutoramento de ramal, limpeza de rede e reaperto de conexões.
A companhia afirma que a suspensão do fornecimento de luz é necessária para garantir a segurança dos envolvidos na operação. A ideia é evitar acidentes envolvendo funcionários ou moradores das quadras afetadas.
Veja locais e horários
Ceilândia
Horário: 9h às 15h
Local: QNN 26, Conjuntos E, F.
Guará
Horário: 9h às 12h30
Local: Colônia Agrícola Bernardo Sayão: Chácara 01, lotes 04,04-A, 04-a1, 05-a, 05.
Gama
Horário: 9h às 13h
Local: Setor Oeste – Quadra 22, lotes pares de 06 a 122, lotes ímpares de 01 a 129; Entrequadra 22/32(Escola Classe Nº 04); Entrequadra 22/25, Bloco A, Lotes de 01 a 05.
Horário: 14h às 16h30
Local: Setor Central Entrequadra 52/54 (Secretaria de Estado de Esporte.)
Núcleo Bandeirante
Horário: 13h às 15h
Local: 2ª Avenida, Blocos de 525-A a 635-B.
Planaltina
Horário: 9h às 15h
Local: Núcleo Rural Pipiripau – Chácaras 84, 85, 86.
São Sebastião
Horário: 8h às 10h
Local: Agrovila I, Quadra 202, Conjuntos 18, 19 (Totais) – Conjunto 20, Lotes de 08 A 11 – Conjuntos 21, 22(Totais); Agrovila I, Quadra 203, conjunto 06, lotes de 08 a 21.
Horário: 10h às 12h
Local: Agrovila I, Quadra 203, Conjunto 05, lotes de 13 a 17 – Conjunto 06, lotes 22 a 36 – Conjuntos 07, 08(totais).
Horário: 13h às 15h
Local: Agrovila I, Quadra 203, Conjunto 17, 18 (totais) – Conjunto 20, lotes 13 a 21– Conjuntos 07, 08 (totais); QR 205, Conjunto 09; QR 303, Conjunto 06.
Horário: 15h às 17h
Local: Agrovila I, Quadra 201, Conjunto 01, lotes de 09 a 11 – Conjunto 05, lotes de 12 a 30 – Conjunto 13, lotes de 01 a 07, 20 a 30 – Conjunto 14, lotes 01, 02, 20.
Samambaia
Horário: 9h às 15h
Local: BR-060, Núcleo Rural Buriti Tição – Chácara Selva De Pedra, Sítio do Vovô, Chácara Bambu, Chácara Verbo Divino, Sítio Canaã, Sítio Boa Vista, Sítio Águas Claras.
Horário: 14h às 17h30
Local: QR 208, Conjuntos de 01 a 09 (totais).
Jovem se diz alvo de vingança após denunciar 'guia de estupro' da UnB
Depois de denunciar o site que trazia um “guia” de como estuprar mulheres na Universidade de Brasília,
o estudante Pedro Seixlack Veloso de Melo se viu vítima de vingança: o
responsável passou a usar o nome do jovem de 22 anos na assinatura das
novas publicações. O caso é investigado pela Polícia Civil como calúnia.
O link chegou a ser retirado do ar, mas o autor conseguiu reabilitá-lo
em outro servidor.O “manual” ganhou repercussão no meio deste mês. Na época, a UnB disse repudiar o conteúdo, “que explicitamente comete crimes de violência sexual, física, psicológica e moral contra a mulher”, e afirmou considerar inadmissível a apologia ao estupro.
Chamado de "Reis do Camarote", o site trouxe nesta quinta-feira (28) um artigo que diz que "homens devem usar o estupro para corrigir feministas" dentro da instituição. O texto recomenda que os interessados frequentem “festinhas de humanas onde está lotado de maconheiros esquerdistas estudantis”, passe cantadas agressivas “na gordona” e abuse-a com violência.
“É meio nojento mesmo, é sujo. E fico com medo também, porque não quero estar ligado a essa coisa estúpida. É só uma pessoa fazendo isso, não é possível que ninguém vá encontrar ele, ele está na internet aberta, não é possível que ninguém vá achá-lo.”
O jovem disse que já chorou por causa da situação e que recebeu da mãe a recomendação de não sair de casa sozinho. O estudante acredita que o provedor tenha repassado para o autor as queixas feitas contra a página: incita violência, é difamatório, viola privacidade e promove atividades ilegais. Areportagem teve acesso aos e-mails.
“Não consegui ler o texto todo, não. Li só o começo mesmo e para o policial na hora em que eu estava mostrando para ele. Todas as matérias desse cara são parecidas. Todas as postagens são quase a mesma coisa”, afirma o rapaz.
'Guia definitivo do estupro' e outras postagens
Na publicação anterior, o autor cita cinco passos para se estuprar uma mulher. O primeiro é "faça parte de coletivos sociais". O segundo pede que um "alvo seja selecionado" e o terceiro é a consumação do ato, o estupro. "Passando o pano", diz a quarta etapa, que orienta o autor a negar a violência. O último aconselha a se "divertir vendo o sofrimento e a destruição".
"Lembre-se que estupro tem a ver com violência. Se a vadia quiser fazer sexo consensual, está errado. Ela tem que negar. É por isto que você precisa ser violento. Em um momento sozinho, simplesmente pegue-a a força, tire a porra da roupa dela e a violente", diz um trecho do artigo.
O site tem ainda links que direcionam a outros artigos que incitam a violência. Em uma das páginas, a "dica" é sobre tortura psicológica, indução ao suicídio ou como "esfaquear uma mulher sem usar as mãos". Outra publicação incita os leitores a a estuprarem lésbicas. "Salve uma mulher do homossexualismo e da Aids."
O autor fala sobre as denúncias que o site vem recebendo. "Quando homens são estuprados na cadeia, elas riem. Quando uma feminista vadia é estuprada porque anda de roupa curta em uma viela cheia de marginais, é um completo absurdo."
"Eu não sei se foi uma brincadeira idiota, mas não acho que seja algo para ser tema de piada. Quando eu achava que estávamos evoluindo, vejo esse tipo de texto, que só faz com que eu abra os olhos para tanto preconceito."
A estudante de serviço social Natália Cipriano, de 21 anos, disse se sentir amedrontada. "Acredito que quem teve a 'brilhante' ideia de criar esse 'manual' esteja cansado das mulheres empoderadas, as que lutam, sobrevivem e são felizes sozinhas, daquelas que não precisam de um homem para trocar um pneu ou uma lâmpada. Entretanto, somos vulneráveis enquanto mulheres, estudantes, principalmente da UnB, onde vem ocorrendo os casos."
Caso anterior
Em 2012, dois alunos da UnB foram presos por incitar a violência contra negros, homossexuais, mulheres, nordestinos e judeus na internet e por publicar ameaças contra alunos da universidade.
Um deles foi detido no Paraná, quando visitava um amigo e colaborador do site que divulgou as ameaças. Com ele, os policiais encontraram um mapa com endereço do Lago Sul, em Brasília, onde o grupo estaria planejando um ataque armado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário