O governo do Distrito Federal lança nesta quinta-feira (25) edital para construção da Unidade de Internação Feminina do Gama, que receberá garotas que cumprem medidas socioeducativas. O prédio será o primeiro do tipo exclusivo para meninas na capital do país e atende a uma determinação do Sistema Nacional de Atendimento Socieducativo, que regula a forma como o poder público presta atendimento especializado a menores de idade que cometeram ato infracional.
Atualmente há 899 meninos no sistema e 18 meninas – elas ficam todas juntas, em um módulo separado na unidade de Santa Maria. Empresários do ramo de engenharia interessados na obra podem retirar o edital de abertura de licitação na Subsecretaria de Administração Geral da Secretaria de Políticas para Crianças, Adolescentes e Juventude. O espaço funciona entre 8h e 12h e entre 14h e 18h.
O valor estimado da obra é de R$ 16,6 milhões e o prazo para execução, 12 meses. A abertura das propostas ocorrerá em 14 de abril, às 9h.
As outras unidades de internação do DF ficam em Brazlândia, Planaltina, Recanto das Emas e São Sebastião. Existem ainda a Unidade Provisória de São Sebastião (de até 45 dias) e a Unidade de Saída Sistemática no Recanto das Emas (última fase do cumprimento da medida, quando há o benefício de saídas temporárias).
Brasília é cidade com maior qualidade de vida do país, aponta ranking
Avaliação considera 39 categorias; 230 cidades do mundo estão na lista.
Entre critérios estão acesso a moradia, qualidade do ar e entretenimento.
A posição de Brasília é a mesma da do ano passado. As outras três cidades brasileiras listadas foram Rio de Janeiro, em 117º (subiu um lugar em relação a 2015); São Paulo, em 121º (caiu duas posições por causa da crise da água e do aumento de ocorrência de doenças infecciosas) e Manaus, em 125º (subiu uma posição). O ranking traz ao todo 230 locais em todo o mundo.
Rollemberg disse considerar como meta fazer com que esse cenário se estenda para as regiões administrativas além do Plano Piloto. O desafio, para ele, é melhorar a qualidade de atendimento na saúde pública. Já os locais que destaca são o Parque da Cidade, as cachoeiras, o Clube do Choro e as feiras, como as do Guará e de Ceilândia.
“Tem ainda toda a questão da diversidade cultural. E acho que poucas cidades vão ter o privilégio do Parque Nacional de Brasília com aquelas piscinas deliciosas e, em pleno século 21, onças se reproduzindo em condições naturais”, declarou.
“É uma cidade que tem cultura de respeito ao cidadão, como a questão da faixa de pedestre, o que demonstra esse espírito colaborativo do brasiliense. São inúmeras qualidades. É uma cidade parque, é uma cidade em que você tem uma integração muito grande com a natureza, é muito presente na vida da cidade”, completou.
O gestor afirmou ver pontos passíveis de melhora – como saúde pública e incentivo ao uso de bicicletas –, mas destacou que, apesar de ter vivido oito meses em Barcelona [Espanha] e seis meses em Dublin [Irlanda], prefere a capital entre todas as cidades que já conheceu. “Para mim é a melhor [cidade que tem]. Não troco Brasília por nenhuma.”
“Tive que largar tudo, casei e meu marido já estava aqui por causa de concurso público, aí tive que vir. No primeiro ano eu detestava, chorava tanto, sofria tanto, arrumava as malas toda semana. Mas passado esse ano de adaptação, aprendi a amar Brasília de uma forma tão intensa que não quero voltar de jeito nenhum”, afirma.
“Amo Águas Claras de paixão, não pretendo sair nunca daqui. Até brinco que acho que posso me separar, mas mudar de Brasília é impossível”, ri. “Penso que é o melhor lugar para construir minha família, criar meus filhos.”
“É muito diferente. Deixar amigos foi meio difícil, mas eu me adaptei. Onde eu morei as pessoas foram muito receptivas. E acho aqui maravilhoso. Às vezes o pessoal reclama do tempo, seco, frio, mas para mim é sempre bom”, disse.
A mulher, que tem um filho de 5 anos, destacou ainda a ligação com o verde. “Sou realmente apaixonada pelo fato de viver no meio da natureza. Aonde você vai, em qualquer quadra, sempre tem uma árvore com um fruto. Ontem mesmo saí do médico e tinha uma árvore de carambola. É isso de ao mesmo tempo a gente estar entre os prédios da cidade moderna e ter o contato direto com a natureza.”
Viena (Áustria) ocupa o primeiro lugar, seguida por Zurique (Suíça) e Auckland (Nova Zelândia). Na América Latina, Montevidéu (Uruguai) tem a melhor da região – 78ª. Santiago (Chile) e Buenos Aires (Argentina) aparecem em 93º e 94º lugar, respectivamente.
A comparação tem como alvo "empresas e multinacionais que devem avaliar quanto mais pagar ou como compensar seus empregados por dificuldades que eles enfrentarão quando são enviados, por exemplo, de Londres a Buenos Aires", disse o pesquisador que liderou a equipe do estudo, Slagin Parakatil, à BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC.
A pesquisa faz parte da Pesquisa de Qualidade de Vida Mundial divulgada anualmente pela consultoria. Nesta edição, a empresa incluiu um novo fator de avaliação, sobre segurança pessoal. Nesta categoria, Luxemburgo ocupa o primeiro lugar. Entre as brasileiras, Manaus é a melhor colocada. Atrás dela fica Brasília, em 134ª, Rio de Janeiro, em 185ª, e São Paulo, em 192ª.
GOIÁS - gestante passando mal na recepção de hospital, em Goiânia
Alguns pacientes que foram à emergência do Hospital da Mulher e Maternidade Dona Iris, em Goiânia, na quarta-feira (24), reclamaram de demora no atendimento. Entre as denúncias está também a superlotação da unidade, que teve uma grande demanda durante o dia. O autônomo Eleadro Gama Silva, de 30 anos, fez um vídeo que mostra uma gestante passando mal ainda na recepção à espera de atendimento (veja vídeo acima).Conforme Silva, ele estava acompanhando a esposa em um exame quando notou que a paciente estava se sentindo muito mal e sendo abanada por outra mulher que a acompanhava. Ainda assim, segundo o autônomo, ela não foi atendida de imediato. Nas imagens, um homem que está acompanhando a paciente reclama: "Está na hora de chamar essa mulher [atendente], se não nós vamos começar a quebrar isso aqui".
Além disso, o órgão alerta que a unidade de saúde "atende conforme classificação de risco, portanto, os pacientes mais urgentes são atendidos primeiro".
Ainda conforme a SMS, a demanda da Região Metropolitana tem aumentado significativamente desde que a Maternidade Marlene Teixeira, em Aparecida de Goiânia, fechou, tornando inviável que o atendimento seja feito de forma mais rápida. Portanto, a demora é natural devido à demanda.
Prefeitura de Aparecida de Goiânia para saber sobre os motivos do fechamento da Maternidade Marlene Teixeira e aguarda um posicionamento.
A técnica em segurança do trabalho Graciele Borges da Silva, de 31 anos, contou por telefone que foi à maternidade porque estava com dores no útero, mas foi embora mesmo sem ser atendida.
“Eu cheguei lá às 8h e fui embora às 15h mesmo sem atendimento, pois não aguentava esperar mais. Eu tenho um DIU [dispositivo intrauterino] e queria checar porque estava com dores. Disseram que só tinha um médico para atender lá”, contou.
Uma gestante, que preferiu não ser identificada, disse que chegou à Maternidade Dona Iris por volta de 10h, mas só passou pela triagem às 14h e, até as 17h, ainda aguardava por um exame. “Estava sentindo contrações. Eles pediram um exame de ultrassom, pois eu ainda não tinha dilatado e tive sangramento, mas até agora nada. Estava vendo só o pessoal fazendo ficha e tem muita gente esperando aqui. É um descaso”, comentou.
Tem muita gente esperando aqui. É um descaso"
Gestante que aguardava atendimento na maternidade
“Eu estava sentindo muito mal e consegui fazer um ultrassom em uma clínica lá de Aparecida de Goiânia. O médico me disse que eu havia perdido o bebê. Ele me encaminhou para outra médica que disse para eu vir aqui para retirar o bebê, mas já são 17h e nada. Passei pela triagem, mas não sei quando vou retirar o bebê”, reclamou.
A paciente Zildesina Costa Leite, de 30 anos, também relatou que, desde o último sábado (20), estava sentindo dores. “No primeiro dia chegamos por volta de 12h e só fui embora às 19h30. Chegamos, passei pela triagem e, às 16h fiz o exame de toque que indicou que eu tinha 2 centímetros de dilatação, mas comecei a sangrar. Ainda fiquei até 19h para fazer o ultrassom”, disse.
A gestante contou ainda que, na terça-feira (22), fez um exame em uma clínica particular para não demorar tanto no atendimento. Ainda assim, ela disse que chegou ao hospital por volta de 14h e até as 17h não tinha conseguido fazer um exame para ver como estava o coração do bebê.
MATO GROSSO - Família acha bombas enterradas em casa de ex-combatente da 2º Guerra
Cinco bombas caseiras foram encontradas enterradas na casa de um
ex-combatente da Força Expedicionária Brasileira (FEB), que está
desaparecido há dois anos, em Nova Canaã do Norte, 696 km de Cuiabá. De
acordo com a Polícia Civil, a família de Gabriel José Pereira, de 92
anos, fazia uma limpeza no quintal da casa quando encontrou os artefatos
enterrados junto com um revólver.Gabriel Pereira fez parte do grupo de 25 mil homens da FEB que foi enviado em meados de 1943 para a Itália para lutar durante a Segunda Guerra Mundial. Os brasileiros se juntaram aos militares dos Aliados (União Soviética, Estados Unidos, Império Britânico e outros) para enfrentarem o exército alemão.
Segundo a família do ex-combatente, o idoso desapareceu sem deixar pistas. O sumiço dele é investigado pela Polícia Civil desde 2014, porém, o paradeiro dele é desconhecido. Uma neta e dois bisnetos dele, que vieram de Goiânia, viviam na casa desde então. A propriedade fica em frente a rodoviária de Nova Canaã do Norte.
há dois anos
“Meu pé afundou na terra e encontrei um revólver dentro de um cano de PVC. Tinham alguns artefatos junto, acreditamos que sejam bombas caseiras. Ele mesmo fazia bombas para evitar que ladrões invadissem a casa dele e outras propriedades que ele é dono. Ele tinha mania de fazer armadilhas”, declarou Wedson.
Com medo de uma explosão, Wedson diz que jogou água no armamento e nas bombas caseiras. Algumas munições também estavam enterradas nesse mesmo local. Os policiais civis da cidade foram chamados e apreenderam todo o material. A família diz que o ex-combatente desapareceu depois de vender uma fazenda em Nova Canaã do Norte.
O delegado do município, Ruy Guilherme Peral da Silva, acionou o Batalhão de Operações Especiais (Bope) de Cuiabá para desativar os explosivos. “Na casa desse ex-combatente encontramos armas e cinco artefatos explosivos enterrados no fundo do quintal dentro de um recipiente cortado pelo meio, enrolado em um plástico e em um tecido velho”, comentou
MATO GROSSO DO SUL - Detentas fazem motim em MS contra suspeita de torturar criança em ritual
Um princípio de incêndio no Estabelecimento Penal Feminino “Carlos Alberto Jonas Giordano” em Corumbá,
a 415 km de Campo Grande, mobilizou Corpo de Bombeiros, Polícia Militar
e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) durante um motim na
manhã desta quinta-feira (25).A confusão foi provocada pelas detentas que são contra a presença da mulher de 31 anos, suspeita de torturar o menino de 4 anos em rituais de magia negra em Campo Grande, segundo informou o diretor-presidente da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), Ailton Stropa.
Ele relatou que detentas colocaram fogo em alguns objetos no solário e que algumas pessoas foram socorridas por terem inalado fumaça tóxica. Até o momento, não há informações do número de feridos. Ainda conforme Stropa, a suspeita de tortura será transferida novamente para outra unidade prisional.
Três presos
Ela foi presa em flagrante na terça-feira (23) e transferida para Corumbá na quarta-feira (24), porque também foi recebida com protestos de presas do Instituto Penal Irmã Irma Zorzi, na capital, após sair da Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) do Centro.
O marido dela, de 46 anos, também está preso no Instituto Penal de Campo Grande. Os dois confessaram o crime e disseram que agiam sob influência de uma entidade espiritual, além de afirmar que agrediam a criança em situações fora dos rituais de magia negra. Os nomes dos tios-avós que tinham a guarda não serão divulgados nesta reportagem para garantir os direitos de proteção da criança.
O terceiro suspeito é um jovem de 18 anos, sobrinho do casal e primo da criança. Ele foi preso em Aquidauana e disse que assistia às agressões. Ele presta depoimento nesta manhã na Delegacia Especializada de Atendimento à Criança e ao Adolescente (Depca).
O caso foi denunciado depois que a criança foi internada na Santa Casa com ferimentos e sinais de tortura na noite de terça-feira (23) e chocou os profissionais das polícias militar e civil, Conselho Tutelar e médicos que atenderam a ocorrência em Campo Grande.
Conforme a delegada Priscilla Anuda Quarti, há indícios de que a criança já vinha sofrendo agressões físicas há bastante tempo.
A situação foi descoberta durante uma visita surpresa da equipe multidisciplinar da entidade de acolhimento onde o menino esteve antes de ser adotado. O acompanhamento sistemático é feito durante os seis primeiros meses da adaptação da criança na família extensiva para depois os tios-avós conseguirem a guarda definitiva.
Nesse período, nenhuma anormalidade foi constatada, segundo a coordenadora do núcleo de adoção do Fórum de Campo Grande, Lilian Regina Zeola. A última visita foi feita no dia 29 de outubro de 2015.
Em dezembro, o menino foi levado pelos tios a uma festa do abrigo onde morou. No local vive a irmã dele à espera de adoção. Desde então, a tia não foi mais encontrada pela equipe de acompanhamento, por isso, a visita surpresa foi feita nesta semana.
O garoto está internado na pediatria da Santa Casa com diversos ferimentos, causados por queimaduras provocadas por líquidos, charuto e cigarro que vão precisar de procedimentos plásticos.
Além disso, de um lado do olho ele possui apenas 20% da visão, enquanto que do outro lado não enxerga.
O médico-legista Silvio Luís da Silveira Lemos, que atendeu o menino torturado disse que a criança, “mesmo traumatizada é extremamente colaborativa e dócil” e esse comportamento diante da gravidade das lesões, contagiou a equipe do hospital.
Família e adoção
O homem preso era tio-avô do menino e ele e a esposa teriam sido os familiares mais próximos interessados na guarda da criança, depois que a avó materna devolveu a criança à Justiça alegando que não tinha condições de cuidá-la. A avó negou saber das agressões.
Nesses casos em que o Conselho Tutelar prioriza a reintegração da criança na própria família, os parentes interessados na guarda não passam pelo rigoroso processo de avaliação feito nos casos de adoção, como avaliação psicológica, curso preparatório, investigação familiar e fila de espera. O vínculo afetivo da criança com o parente é um dos pontos mais avaliados, segundo a coordenadora do núcleo de adoção do Fórum de Campo Grande, Lilian Regina Zeola.
casa
Sacrifício
Em depoimento, a tia contou que adotou a criança com intenção de utilizá-la em rituais de sacrifício. Segundo a polícia, os pais da criança são usuários de droga e a abandonaram.
O menino não frequentava escola e morava com os tios-avós, que têm duas filhas biológicas, que assistiam aos rituais de tortura. A casa fica nos fundos de um prédio comercial no Centro da capital sul-mato-grossense, em uma espécie de cortiço ao lado de outras três residências.
Vizinhos afirmaram à polícia não terem suspeitado da situação. O casal foi indiciado por tortura qualificada por lesão grave com a pena aumentada pela vítima ser criança e abandono de incapaz.
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