sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

DISTRITO FEDERAL - DF registra mais cinco casos de caxumba entre presidiários


Delúbio Soares foi de carona para a sede da CUT em seu segundo dia de trabalho externo (Foto: Dayane Oliveira / G1)

Mais cinco detentos do Centro de Progressão Penitenciária, único dos seis presídios do DF que fica fora do Complexo da Papuda, foram diagnosticados com caxumba nesta semana. O prédio fica no SIA e já tinha registrado um caso da doença, no início do mês. Os dados são desta quarta-feira (17), da Diretoria de Vigilância Epidemiológica.
A caxumba é uma doença provocada por um vírus da família paramyxovirus, caracterizada principalmente pelo inchaço das glândulas que produzem saliva que ficam nas laterais do pescoço, abaixo da mandíbula.
Para evitar a propagação da doença, os detentos com o vírus e que cumprem pena em regime semiaberto ficarão isolados durante dez dias e terão saídas suspensas para trabalhar e visitar familiares. Internos que ocupam alas onde há registros da infecção já começaram a receber a vacina tríplice viral, que combate, além da caxumba, o sarampo e a rubéola.
De acordo com o GDF, os novos casos no CPP inspiram atenção, mas o surto na Papuda, que chegou a ter alas isoladas por uma semana, está praticamente controlado. "O último registro que tivemos na Papuda foi em 9 de fevereiro, um indicativo de que o bloqueio vacinal está fazendo efeito", disse a diretora de Vigilância Epidemiológica, Cristina Segatto.
Desde 20 de janeiro, são 80 ocorrências de caxumba registradas no sistema prisional: 69 no Centro de Detenção Provisória (CDP), cinco no Centro de Internação e Reeducação (CIR) e seis no CPP. O mais recente boletim divulgado pela Secretaria de Saúde aponta que, até a manhã de quarta-feira (17), 3.067 pessoas, entre servidores e detentos, foram vacinadas.
Alas liberadas
Em 8 de fevereiro, visitas a detentos em alas de dois centros na Papuda — CDP e CIR — ficaram suspensas por causa das ocorrências de caxumba. A Secretaria de Justiça informou que apenas a Ala B do Bloco 1 permanece isolada, mas deve ser liberada nesta sexta-feira (19).
A Papuda tem 14 mil detentos e abriga cinco dos seis presídios do DF: Feminino, Penitenciárias I e II, Centro de Detenção Provisória e Centro de Internação e Reeducação. Entre os presidiários estão o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato e o ex-deputado Natan Donadon.

Carro fica 'de cabeça para baixo' após batida em Águas Claras, no DF

Motorista sofreu escoriações pelo corpo e foi atendida pelo Samu.
Trecho em frente ao Residencial Park Way precisou ser interditado.

Carro de cabeça para baixo após batida em Águas Claras, no Distrito Federal (Foto: Corpo de Bombeiros DF/Divulgação)Carro de cabeça para baixo após batida em Águas Claras, no Distrito Federal
Um carro ficou "de cabeça para baixo" depois de uma batida em Águas Claras, região administrativa do Distrito Federal, na manhã desta sexta-feira (19). A motorista sofreu escoriações pelo corpo e precisou de atendimento do Samu.
O acidente aconteceu por volta de 7h25. O outro carro envolvido na batida ficou com a parte da frente destruída. Um trecho da pista, em frente ao Residencial Park Way, no lote 6, precisou ser interditado.


Suspeitos de tráfico no DF expulsam moradores de casa para fugir da PM

Suspeitos de tráfico de drogas, três adultos e quatro adolescentes foram detidos nesta quinta-feira (18) depois de expulsarem os moradores de uma casa no Distrito Federal para se esconderem da polícia. O incidente aconteceu na quadra 307 de Santa Maria. No local foram achados R$ 1 mil, duas armas, munição, faca, maconha e balança de precisão.
O sargento Gilmar Melo afirma que, quando a equipe chegou para apurar a denúncia de tráfico, encontrou moradores da casa chorando e dizendo que duas pessoas armadas haviam entrado na casa, mandando-as "sair fora".
De acordo com a Polícia Militar, outros cinco jovens, que também teriam envolvimento com o crime, chegaram a enfrentar a corporação para tentar impedir a prisão da quadrilha.
"A equipe já tinha colocado o criminoso dentro do cubículo, né? De repente, apareceram diversas pessoas e tentaram tirar um dos presos de lá. Todos foram conduzidos para a Central de Flagrante", explica o sargento.
O delegado da 33° DP, Rodrigo Ribeiro, explica que o grupo supostamente faz parte de uma quadrilha especializada em tráfico de drogas de Santa Maria. "O modo de agir, o modo de operar; tudo leva a acreditar que eles fazem parte de uma quadrilha."


19/02/2016 05h30 - Atualizado em 19/02/2016 09h07
Policiais civis relatam infestação de ratos e insetos, além de consumo de água contaminada com fezes de pombos, em delegacias do Distrito Federal. Imagens feitas pelo sindicato da categoria mostram infestação de baratas em uma das unidades e uma tarântula circulando em outra.
Durante a manutenção, o cheiro que ficou aqui foi de esgoto. E a gente bebeu essa água assim por meses. Mesmo tendo filtro, era água com cocô que a gente bebia. A mesma água de lavar a mão, tomar banho"
Policial civil
O problema seria mais intenso nas unidades do Pistão Sul (21ª), Sobradinho II (35ª DP) e Taguatinga Norte (17ª DP). Em nota, a direção da Polícia Civil disse que as denúncias são infundadas e afirmou que as dedetizações ocorrem dentro do prazo.
O presidente do sindicato, Rodrigo Franco, oficiou a direção da corporação e a Vigilância Sanitária em 26 de janeiro cobrando um posicionamento. Por telefone, a Secretaria de Saúde disse que não se manifestaria sobre o assunto porque, apesar do documento, o tema era de responsabilidade da corporação.
"A gente oficiou a direção da polícia para que eles nos informassem qual a data que foi feito um trabalho de dedetização e controle de pragas, mas a gente não recebeu a resposta. Mesma coisa com a vigilância", diz Franco. "Soubemos por causa das denúncias dos colegas. Eles mandam fotos, mandam reclamações."
Policiais da 21ª DP contam ter precisado tomar vermífugo em janeiro depois de descobrir que a água da delegacia estava contaminada. A unidade recebe até 30 presos por dia e atende, além da parte sul de Taguatinga, moradores de Águas Claras e do Areal. O conserto e a limpeza da caixa d'água aconteceram no dia 22 de janeiro. A direção da Polícia Civil disse considerar com isso a situação normalizada.
Baratas subindo por parede da 21ª Delegacia de Polícia do Distrito Federal (Foto: Sindicato da Polícia Civil do DF/Divulgação)Baratas subindo por parede da 21ª Delegacia de Polícia do Distrito Federal
"Encontraram fezes de pombo na caixa d’água. O rapaz que foi fazer na manutenção disse que pisou na bosta lá e que ficou coberta por uma substância pastosa. Inclusive, durante a manutenção, o cheiro que ficou aqui foi de esgoto. E a gente bebeu essa água assim por meses. Mesmo tendo filtro, era água com cocô que a gente bebia. A mesma água de lavar a mão, tomar banho", disse um servidor que não quis se identificar.
"E barata, então, já é quase da família. Cada uma tinha a sua de estimação. Na porta da delegacia, à noite tinha assembleia de barata. Quando acendia a luz, à noite tinha muita barata lá. Eu cheguei a trazer veneno de casa para jogar. Também tem muito rato por causa do pátio de veículo apreendido", completou o homem.
Segundo a Polícia Civil, a última dedetização nas delegacias aconteceu em dezembro. A limpeza das caixas d'águas, afirma, ocorre durante todo o ano.
O presidente do sindicato afirma que problemas do tipo acabam tirando o foco do que deveria ser a preocupação dos policiais. "Tivemos colegas com problemas estomacais por tomar água contaminada. Isso traz problema para a corporação, para a saúde dos presos, para a população. Se um colega fica doente e precisa se afastar do trabalho, principalmente quando o efetivo é baixo, a situação fica pior. Temos que estar preocupados com o que interessa, que é o controle dos crimes, não com controle de inseto."

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