Ainda de acordo com o governo, todas as pensões alimentícias aos servidores inativos já foram pagas e as 12 entidades de administração interna também já receberam. O estado pede que algumas pessoas esperem até o valor cair, já que, por causa de alguns problemas operacionais, o salário pode não aparecer na conta na hora do depósito, mas que deve entrar nesta terça ou quarta-feira.
A crise financeira do estado já afeta 2.400 empresas terceirizadas e cerca de 20 mil pessoas estão sem receber os salários.
Com relação ao pagamento do 13º salário, com data prevista para 17 de dezembro, a Secretaria Estadual de Fazenda informa que não há definição. O governo ainda não dispõe dos recursos, mas continua buscando receber de contribuintes e fornecedores em dívida com o estado, entre outras medidas para garantir o pagamento no prazo. Mas data, até o momento está sendo mantida.
Alunos da Uerj ocupam campus e reivindicam pagamento de bolsas
Estudantes ocuparam o campus da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), no Maracanã, Zona Norte do Rio, na noite desta segunda-feira (30).Os alunos colocaram faixas, onde estava escrito que se não houver o pagamento das bolsas – que está atrasado porque a universidade atravessa uma crise financeira – não haverá aula. Depois de uma semana de paralisação, a volta às aulas está marcada para esta terça-feira (1º). Às 8h50, estudantes faziam uma manifestação no local.
Por volta de 9h, manifestantes formavam um cordão e explicavam a outros estudantes e professores que chegavam à universidade as reivindicações do movimento.
Segundo eles, a bolsa para estudantes está com um mês de atraso. O valor de R$ 400 para cotistas não tem reajuste há seis anos. O dinheiro tem a finalidade de cobrir custos de passagem, alimentação e xérox. Funcionários da universidade e da empresa de limpeza, que presta serviço à Uerj, também estão sem receber.
"Crítico mesmo é a falta de pagamento de funcionários, que têm família. São forçados pela empresa a vir trabalhar, gastando dinheiro de passagem, mesmo sem receber. As condições de insalubridade são conseqüência. O mais importante mesmo é que essas famílias estão sem receber", disse Álvaro Fernandes, membro do DCE da Uerj.
Em 5 anos, batalhão de onde jovens foram mortos tem histórico de falhas
O 41º BPM (Irajá), responsável pela área onde cinco amigos foram executados no último sábado (28), tem um histórico de graves erros. Como mostrou o Bom Dia Rio desta terça (1º), o batalhão é um dos mais novos da Polícia Militar. Criado a cinco anos e meio, o quartel acumula erros cometidos pelos policiais e trocas de comando.
Em pouco mais de um ano, o batalhão de Irajá virou notícia várias vezes. Em agosto de 2014, a jovem Haíssa Vargas Motta, de 22 anos, foi morta por dois agentes do batalhão durante um patrulhamento pela Avenida Nazaré, em Anchieta, Subúrbio do Rio.
De acordo com os militares, eles deram sinal de parada para o veículo onde a jovem estava. Entretanto, o motorista não teria atendido ao pedido. Houve perseguição e os policias atiraram. Uma das balas atingiu Haíssa, que estava no banco de trás. As amigas da vítima, que também estava no carro, contaram uma versão bem diferente, na época.
“Não sinalizaram nada, não piscaram farol, não fizeram barulho de nada. Eles simplesmente surgiram e alvejaram a gente. Eles atiraram pra matar. Não foi pra advertir, pra chamar atenção. Como que a polícia atira mais de 10 vezes com fuzil em cima de um carro sem saber quem são?”, contou uma amiga de Haíssa.
Cinco meses antes da morte de Haíssa, os dois policias já tinham se envolvido num caso parecido. A dupla matou um motorista, feito refém, e um criminoso após uma perseguição em Ricardo de Albuquerque.
Em setembro de 2014, o coronel Alexandre Fontenelle, que foi o primeiro comandante do batalhão de Irajá, foi preso suspeito de chefiar um esquema de propina. De acordo com o MP,o patrimônio dele foi avaliado em R$ 4 milhões. A lista de bens incluía vários imóveis, como uma casa em búzios, na região dos lagos.
Em novembro do mesmo ano, Ana Cláudia Germano, de 30 anos, foi vítima de bala perdida depois de uma operação policial em Acari. Ela chegava a casa de uma tia para buscar o filho de 8 anos, que estava com febre, quando se deparou com um veículo blindado da PM. A tia disse que os policiais fizeram vários disparos contra Ana e que não havia criminosos no local no momento do tiroteio.
Em abril deste ano, o cabo Bruno Ribeiro de Melo foi preso dirigindo um carro roubado em Inhaúma, na Zona Norte. Era um utilitário estimado em R$ 60 mil que tinha sido roubado no fim de março.
Bruno já estava sendo investigado pela corregedoria da corporação. No mesmo mês, duas pessoas, incluindo uma criança de sete anos, foram baleadas durante um tiroteio no Chapadão, em Costa Barros.
Já em outubro, dois mototaxistas foram assassinados com um único tiro, na Pavuna. A história gerou muita repercussão. Um sargento da PM atirou porque confundiu um macaco hidráulico, de trocar pneu, que um deles estava segurando, com uma arma. O agente confessou o erro.
em viatura
O batalhão de Irajá é responsável pela área de 15 bairros localizados na Zona Norte e no Subúrbio. Na época da sua criação, era uma solução pra melhorar o policiamento e ajudar o trabalho feito pelo 9º BPM (Rocha Miranda), que estava sobrecarregado. Entretanto, com o passar dos anos, a população da região cresceu muito e o quartel de Rocha Miranda estava com dificuldades para atender as necessidades de segurança pública da região.
Além dos casos polêmicos, o batalhão de Irajá também tem no histórico um rodízio grande no comando. Em pouco mais de cinco anos, foram cinco comandantes. O último, o tenente-coronel Antônio Marcos Netto, foi exonerado nesta segunda-feira (30).
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