terça-feira, 8 de dezembro de 2015

ECONOMIA - Pará e Paraná lideraram queda da produção industrial em outubro

A produção industrial caiu em 10 dos 14 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em outubro. Os maiores resultados negativos partiram do Pará (-6%), do Paraná (-5,7%), do Espírito Santo (-5,1%) e do Amazonas (-4,9%).
Também registraram baixas, mas em ritmo menor que o dos três "líderes" Goiás (-2,2%), Rio de Janeiro (-0,9%) e Rio Grande do Sul (-0,8%), Região Nordeste (-0,5%), São Paulo (-0,4%) e Minas Gerais (-0,1%).
Na contramão da maioria estão as produções da Bahia, com alta de 2,2%, e do Ceará, com avanço de 0,9%, Pernambuco, com leve aumento de 0,3% e Santa Catarina, com crescimento de 0,2%.
Diretor de Indústria orienta para cursos de aperfeiçoamento profissional (Foto: Reprodução/TV TEM)Produção da indústria tem forte queda no Pará
Considerando todos as regiões analisadas pela pesquisa, a indústria nacional registrou um recuo de 0,7% frente a setembro.

Frente a 2014
Na comparação com igual mês do ano anterior, a indústria, que teve redução de 11,2%, mostrou queda em 13 dos 15 locais.

A maior retração foi vista na indústria do Amazonas (-20,6%), seguida pela do Rio Grande do Sul (-16,6%), do Paraná (-14,3%) e de São Paulo (-12,9%). Em Santa Catarina, houve queda de 11,1%, no Rio de Janeiro, de 11,1%, no Ceará, de 9,3%, na Bahia, de 8,9%, em Goiás, de 7,8%, em Minas Gerais, de 7,7%, na Região Nordeste, de 6,4%, no Espírito Santo, de 5,2%, e Pernambuco, de 4,2%. Por outro lado, cresceram as produções do Mato Grosso (4,6%) e do Pará (3,5%).
De janeiro a outubro
O resultado ficou próximo do registrado nas outras bases de comparação. As quedas foram lideradas por Amazonas (-15,1%), Rio Grande do Sul (-11,8%), São Paulo (-10,5%), Ceará (-9,4%), Paraná (-8,5%) e Santa Catarina (-8,0%). Minas Gerais (-7,3%), Bahia (-6,4%), Rio de Janeiro (-6,3%), Região Nordeste (-4,5%), Pernambuco (-3,4%) e Goiás (-1,8%).
Por outro lado, Espírito Santo (9,5%) e Pará (5,9%) mostraram os avanços mais intensos, "impulsionados, em grande parte, pelo comportamento positivo vindo do setor extrativo, enquanto Mato Grosso (3,4%) mostrou o crescimento mais moderado".


Dólar opera em forte alta, acima de R$ 3,80, com política local

Aós abrir em baixa, o dólar passou a operar em forte alta nesta terça-feira (8), após o vice-presidente Michel Temer enviar à presidente Dilma Rousseff carta apontando o que chamou de desconfiança do governo em relação a ele e ao PMDB. O Banco Central fará leilão nesta tarde, voltando a reforçar sua intervenção no mercado.
 
MERCADO FINANCEIRO
Às 11h30, a  moeda norte-americana subia 1,42%, a R$ 3,8125 para venda. Veja a cotação do dólar hoje.
Acompanhe a cotação ao longo do dia:
Às 9h09, caía 0,15%, a R$ 3,7523.
Às 9h39, caía 0,24%, a R$ 3,7497.
Às 10h09, caía 0,12%, a R$ 3,7542.
Às 10h30, subia 0,27%, a R$ 3,7692.
Às 10h49, subia 0,85%, a R$ 3,7912.
Às 11h10, subia 1,01%, a R$ 3,7969.

Embora Temer não tenha proposto explicitamente o rompimento com Dilma, operadores entendem que não há outra alternativa após a divulgação da carta. Eles acreditam que a notícia dá força ao lado que defende o impeachment contra a presidente, perspectiva que tem sido, de maneira geral, bem recebida pelo mercado.

"Conforme vai se distanciando o PMDB do governo, vai ficando mais forte a hipótese do impeachment", disse o operador de câmbio da corretora B&T Marcos Trabbold.
Temer destacou na carta à presidente "fatos reveladores da desconfiança que o governo tem em relação a ele e ao PMDB", segundo a Vice-Presidência da República.
A notícia vem no momento em que tramita no Congresso Nacional o processo de abertura de impeachent contra Dilma. Foi adiada para esta sessão a eleição da comissão especial da Câmara dos Deputados que analisará o tema, contrariando o governo, que quer que a matéria seja votada o mais rápido possível.
Muitos operadores acreditam que eventual mudança no governo poderia facilitar a recuperação da economia brasileira. Alguns ressaltam, porém, que o processo pode paralisar o ajuste fiscal e provocar rebaixamentos da nota soberana do país.
"A reação (à perspectiva de impeachment contra Dilma) agora é positiva, mas é preciso esperar esse processo todo se desenhar para entender como o mercado vai ser afetado", acrescentou Trabbold, ressaltando que a tendência é que o mercado siga volátil.
Nos mercados externos, a divisa norte-americana fortalecia contra as principais moedas emergentes, após as exportações da China caírem mais que o esperado em novembro, levando investidores a evitar ativos de maior risco.
Na véspera, o dólar subiu 0,53%, a R$ 3,7589.
Intervenção do BC
Outro fator que trazia alívio para o câmbio nesta sessão era a atuação do Banco Central, que voltou a anunciar para esta tarde leilão de venda de até US$ 500 milhões com compromisso de recompra. A operação, segundo a assessoria de imprensa do BC, não tem como objetivo rolar contratos já existentes.

Além disso, a autoridade monetária dará continuidade, pela manhã, à rolagem dos swaps cambiais que vencem em janeiro, com oferta de até 11.260 contratos, que equivalem à venda futura de dólares.

Bovespa opera em queda nesta terça-feira

A Bovespa iniciava em baixa a terça-feira (8), com dados piores que o esperado de exportações da China e a queda do preço do minério de ferro afetando ações como as da mineradora Vale, que caem mais de 6%, enquanto incertezas no cenário político local continuavam corroborando o viés negativo.
 
Às 11h45, o principal índice de ações da bolsa registrava baixa de 1,87%, aos 44.375 pontos. Veja a cotação.
As ações da Brasil Pharma engatavam queda de quase 19% nesta terça-feira, após baixa de quase 25% na véspera, em meio à especulação de que a rede de drogarias que tem o BTG Pactual como sócio pode enfrentar ventos contrários.
A companhia está seguindo adiante com um plano de oferta de ações que pode levantar até 600 milhões de reais com investidores.
Os papéis do próprio BGT Pactual também sofrem forte queda, de quase 10%, depois que seu ex-presidente, André Esteves, foi denunciado, na véspera, pela Procuradoria Geral da República, por suspeita de tentar atrapalhar as investigações da operação Lava Jato.
Na véspera, após abrir em alta, o principal índice da Bovespa passou a cair durante a tarde e fechou no vermelho, com a cena política doméstica ainda ocupando o principal foco de atenções, em particular desdobramentos sobre o pedido de abertura de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.
O Ibovespa recuou 0,3%, aos 45.222 pontos. Na máxima do dia, o índice avançou 1,76%.

Bolsas da Ásia atingem mínima de 3 semanas, de olho no Fed

As ações asiáticas atingiram as mínimas de três semanas nesta terça-feira (8) com muitos investidores ficando às margens do mercado antes da reunião da semana que vem do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, que deve resultar em uma elevação da taxa de juros.
 
Às 7h40 (horário de Brasília), o índice MSCI que reúne ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão caía 1,5%, devolvendo os ganhos do começo deste mês.
"Além do aumento de juros de dezembro, os investidores estão preocupados com a falta de demanda na China, que está pressionando ativos de riso", disse o chefe de mercados globais do Leste Asiático do Bank of Tokyo-Mitsubishi UFJ, Cliff Tan.
Como os mercados financeiros já precificaram um aumento dos juros, investidores se concentrarão na trajetória da taxa de juros norte-americana comunicada pela chair do Fed, Janet Yellen, em meio à incerteza sobre o crescimento na China e no mundo.
Dados desta terça-feira mostraram que as importações da China caíram 8,7% em novembro comparado com o mesmo período do ano anterior, o 13º mês consecutivo de declínio, indicando que as preocupações com a perspectiva econômica da China vão perseguir os investidores no próximo ano.
Em Tóquio, o índice Nikkei recuou 1,04%, a 19.492 pontos. Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 1,34%, a 21.905 pontos. Em Xangai, o índice SSEC perdeu 1,89%, a 3.470 pontos. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzen,  retrocedeu 1,75%, a 3.623 pontos.
Em Seul, o índice Kospi teve desvalorização de 0,75%, a 1.949 pontos. Em Taiwan, o índice Taiex registrou baixa de 1,31%, a 8.343 pontos. Em Cingapura, o índice Straits Times desvalorizou-se 0,86%, a 2.876 pontos. Em Sydney, o índice S&P/ASX 200 recuou 0,91%, a 5.108 pontos.

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