Follmann chegou a São Paulo na terça-feira (13) vindo de Medellín, na
Colômbia. Ele passou por uma cirurgia na coluna cervical e teve alta
para terminar sua recuperação em Santa Catarina.
Pouco antes de iniciar a viagem neste sábado, Follmann postou uma foto
em uma rede social e aparece com colete cervical e usando a camiseta da
Chapecoense. O jogador já teve parte da perna direita amputada e corre o
risco de perder os movimentos do pé esquerdo.
Neste sábado, o também jogador da Chapecoense Alan Ruschel chorou ao conceder a primeira entrevista após o acidente e disse que fará todo o possível para voltar a jogar futebol.
PaiNa sexta-feira, o pai
do goleiro, Paulo Follmann, afirmou que seu filho acabou salvando a
vida do lateral Alan Ruschel. A entrevista foi dada à reportagem do
Jornal Nacional. Segundo ele, Jackson estava sentado no meio do avião e
tinha um assento vago ao lado. Alan queria ir para o fundo, onde estavam
os jornalistas, mas depois de muita insistência aceitou o convite do
amigo.
“Ele me contou que chamou o Alan para sentar ao lado dele. Os dois
estavam lado a lado. Era para ser assim. Foi Deus que fez um chamado
para ele chamar o Alan e os dois estão vivos hoje”, diz Paulo. Na noite desta sexta, mesmo com a voz debilitada, Jackson Follmann
mandou um recado: “Fala galera, aqui é o Follmann. Estou passando aqui
para agradecer todo mundo que torceu por mim, que orou por mim. Dizer
que estou muito feliz. Amanhã (sábado) estou voltando a Chapecó para
seguir meu tratamento e vida que segue. Tenho certeza que, continuando
nessa batida, nessa pegada, a gente vai sair logo dessa. Um beijo no
coração de todo mundo. Ficam com Deus. Um abraço.”
Milagre e casamentoPara
Paulo Follmann, seu filho sobreviver a queda do avião foi um milagre.
“Nosso filho recebeu um milagre de Deus, porque sobreviver a um acidente
aéreo só por milagre.”
Ele também revelou que, no dia do acidente, percebeu que algo estava
errado quando acordou durante a madrugada sem notícias do filho. “A
gente estranhou, toda vez que ele viajava ele nos comunicava. Quando
saía de um aeroporto para outro. Naquela noite não veio mensagem
nenhuma”, lembra.
Apesar de ter sido o primeiro a ser resgatado, Jackson foi o
sobrevivente que mais sofreu sequelas. Ele já passou por duas cirurgias.
Na Colômbia, teve parte da perna direita amputada. Em São Paulo,
corrigiu uma fratura na vértebra cervical e em Chapecó ainda terá que
operar o pé esquerdo, que pode perder o movimento.
“Vocês vão ver quem é o Follmann, vocês vão. Foi um guri alegre que
tudo o que queria era jogar futebol, mas se fechou uma porta, com
certeza, vão se abrir várias.”
Nesta sexta (16) Jackson e a noiva, Andressa, iriam se casar em
Chapecó. “Já já a gente acha uma data e o casamento vai acontecer”, fala
o pai.
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