sábado, 17 de dezembro de 2016

SÃO PAULO - Follmann deixa hospital em SP e é transferido para Chapecó

O goleiro da Chapecoense Jackson Follmann deixou o Hospital Albert Einstein, em São Paulo, na manhã deste sábado (17) e é transferido para um hospital de Chapecó (SC). O jogador, um dos quatro brasileiros que sobreviveram ao acidente com o avião da Chapecoense em novembro, deixou o hospital de helicóptero às 10h20 rumo ao aeroporto de Congonhas, na Zona Sul da capital. O transporte foi feito em um avião com equipamentos médicos e chegou a Chapecó às 12h44.
Follmann chegou a São Paulo na terça-feira (13) vindo de Medellín, na Colômbia. Ele passou por uma cirurgia na coluna cervical e teve alta para terminar sua recuperação em Santa Catarina.
Pouco antes de iniciar a viagem neste sábado, Follmann postou uma foto em uma rede social e aparece com colete cervical e usando a camiseta da Chapecoense. O jogador já teve parte da perna direita amputada e corre o risco de perder os movimentos do pé esquerdo.
Neste sábado, o também jogador da Chapecoense Alan Ruschel chorou ao conceder a primeira entrevista após o acidente e disse que fará todo o possível para voltar a jogar futebol.
PaiNa sexta-feira, o pai do goleiro, Paulo Follmann, afirmou que seu filho acabou salvando a vida do lateral Alan Ruschel. A entrevista foi dada à reportagem do Jornal Nacional. Segundo ele, Jackson estava sentado no meio do avião e tinha um assento vago ao lado. Alan queria ir para o fundo, onde estavam os jornalistas, mas depois de muita insistência aceitou o convite do amigo.
“Ele me contou que chamou o Alan para sentar ao lado dele. Os dois estavam lado a lado. Era para ser assim. Foi Deus que fez um chamado para ele chamar o Alan e os dois estão vivos hoje”, diz Paulo. Na noite desta sexta, mesmo com a voz debilitada, Jackson Follmann mandou um recado: “Fala galera, aqui é o Follmann. Estou passando aqui para agradecer todo mundo que torceu por mim, que orou por mim. Dizer que estou muito feliz. Amanhã (sábado) estou voltando a Chapecó para seguir meu tratamento e vida que segue. Tenho certeza que, continuando nessa batida, nessa pegada, a gente vai sair logo dessa. Um beijo no coração de todo mundo. Ficam com Deus. Um abraço.”
Milagre e casamentoPara Paulo Follmann, seu filho sobreviver a queda do avião foi um milagre. “Nosso filho recebeu um milagre de Deus, porque sobreviver a um acidente aéreo só por milagre.”
Ele também revelou que, no dia do acidente, percebeu que algo estava errado quando acordou durante a madrugada sem notícias do filho. “A gente estranhou, toda vez que ele viajava ele nos comunicava. Quando saía de um aeroporto para outro. Naquela noite não veio mensagem nenhuma”, lembra.
Apesar de ter sido o primeiro a ser resgatado, Jackson foi o sobrevivente que mais sofreu sequelas. Ele já passou por duas cirurgias. Na Colômbia, teve parte da perna direita amputada. Em São Paulo, corrigiu uma fratura na vértebra cervical e em Chapecó ainda terá que operar o pé esquerdo, que pode perder o movimento.
“Vocês vão ver quem é o Follmann, vocês vão. Foi um guri alegre que tudo o que queria era jogar futebol, mas se fechou uma porta, com certeza, vão se abrir várias.”
Nesta sexta (16) Jackson e a noiva, Andressa, iriam se casar em Chapecó. “Já já a gente acha uma data e o casamento vai acontecer”, fala o pai.

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