segunda-feira, 28 de novembro de 2016

SÃO PAULO - Elize Matsunaga chega ao Fórum da Barra Funda para participar de julgamento

Elize Matsunaga, acusada de matar e esquartejar o marido, o empresário Marcos Kitano Matsunaga, será julgada nesta segunda-feira (28) no Fórum da Barra Funda, na Zona Oeste de São Paulo. Ela chegou ao local às 9h12. Segundo a assessoria do Tribunal de Justiça (TJ), o julgamento está previsto para começar às 9h30.
A viatura que transportava Elize e a escolta entraram pelos fundos do fórum, pelo estacionamento privativo. Elize está presa na Penitenciária de Tremembé, na região do Vale do Paraíba, no interior paulista, e deixou o local rumo a capital paulista às 7h18.

A acusada saiu da Penitenicária Santa Maria Eufrásia Pelletier, conhecida como Penitenciária Feminina 1 de Tremembé, em um carro da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), escoltado por outro carro da SAP e uma viatura da Polícia Militar. Foram percorridos cerca de 140 km de Tremembé a São Paulo.
Segundo a assessoria do Tribunal de Justiça (TJ), o julgamento pode durar até cinco dias. 

Elize é ré no processo no qual responde presa pela acusação de homicídio doloso triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima), destruição e ocultação de cadáver. Ela confessou que atirou na cabeça da vítima com uma arma e depois a esquartejou em sete partes em 19 de maio de 2012.
O juiz Adilson Paukoski Simoni, da 5ª Vara do Júri da Capital, é o mesmo que condenou o ex-seminarista Gil Rugai a 33 anos e 9 meses de prisão pelo assassinato de seu pai, Luiz Carlos Rugai, e sua madrasta, Alessandra de Fátima Troitino. O crime ocorreu em 2004, dentro da residência do casal em Perdizes, na Zona Oeste da capital.
Para o Ministério Público Estadual (MPE), Elize matou o marido para ficar com o dinheiro de um seguro de vida no valor de R$ 600 mil. O promotor José Carlos Cosenzo ainda suspeita que ela tenha tido a ajuda de outra pessoa - a Polícia Civil ainda investiga essa hipótese.
A defesa de Elize será feita pelos advogados Luciano Santoro e Roselle Soglio. No entendimento deles, a ré matou Marcos para se defender das agressões do empresário, se desesperou e cometeu o esquartejamento. Naquela ocasião, ela havia contratado um detetive particular que revelou que o marido a traía com uma prostituta.
Ao todo, 21 testemunhas devem participar do júri no plenário 10, que tem capacidade para 270 lugares, sendo 50 destinados à imprensa.
Foram sorteados 48 jurados (sendo que a lei prevê mínimo de 25). Para ser instalada a sessão plenário no mínimo 15 jurados são sorteados.

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