terça-feira, 11 de outubro de 2016

RIO DE JANEIRO - Polícia resgata mulher sequestrada no RJ e 2 criminosos morrem na ação

Policiais da Delegacia Antissequestro (DAS) estouraram um cativeiro em Saracuruna, Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, no fim da noite desta segunda-feira (10). Segundo a polícia, uma mulher de 26 anos, que estava desaparecida desde o último sábado (8), foi resgatada. Na ação, dois criminosos foram mortos e outros seis foram presos. O grupo era formado por milicianos.
Ainda de acordo com a polícia, a mulher foi sequestrada quando passava de carro em Saracuruna. Ela foi levada para o cativeiro e os criminosos passaram a negociar com a família até a tarde de segunda-feira, quando os parentes da vítima pediram auxílio aos policiais da DAS. Após assumirem as negociações, os agentes marcaram um local para o pagamento do resgate e prenderam dois deles. Logo depois, os policiais foram levados ao local do cativero e houve troca de tiros.
A vítima foi encontrada amordaçada e era ameaçada de morte, mesmo se o pagamento do resgate fosse efetuado, porque ela os conhecia. Ainda segundo os agentes, a mulher sofreu abusos sexuais e já havia sido sequestrada uma outra vez.
Os policiais apreenderam uma metralhadora, uma pistola, um revólver e duas granadas. O carro da vítima também foi recuperado. A mulher, os detidos e as apreensões foram encaminhados à sede da Delegacia ANtissequestro, no Leblon, Zona Sul do Rio.



Justiça condena Miltinho da Van a 40 anos de prisão por feminicídio

11/10/2016 06h53 - Atualizado em 11/10/2016 07h00

Justiça condena Miltinho da Van a 40 anos de prisão por feminicídio

Ele matou a noiva a tiros dentro de casa em abril de 2015.
No dia do crime, Milton contou que bebeu durante o almoço com a ex-muher.

Miltinho da van foi preso (Foto: Cristina Boeckel/ G1)Miltinho da Van está sendo julgado pelo assassinato da noiva, Amanda Bueno


O Conselho de Sentença do Tribunal do Júri da Comarca de Nova Iguaçu condenou Milton Severiano Vieira, o Miltinho da Van, a 40 anos, 10 meses e 20 dias de reclusão e 32 dias-multa, pelos crimes de homicídio duplamente qualificado, contra sua noiva, Cícera Alves de Sena, dançarina de funk conhecida como Amanda Bueno, além de roubo majorado e porte ilegal de arma de fogo de uso restrito.

A sentença foi proferida pelo juiz Alexandre Guimarães Gavião Pinto, da 4ª Vara Criminal de Nova Iguaçu no início da madrugada desta terça-feira, dia 11, após mais de 13 horas de julgamento, que também condenou o réu à pena de um ano e seis meses de detenção e 10 dias-multa pelo crime de condução de veículo automotor sob efeito de álcool.

Pelo crime de homicídio duplamente qualificado de feminicídio e asfixia, foi fixada a pena de 29 anos e dois meses de reclusão; pelo roubo majorado, seis anos, dois meses e 20 dias de reclusão e 14 dias-multa; e pelo crime de porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, cinco anos e seis meses de reclusão e 18 dias-multa.

A briga entre a dançarina e seu então noivo, que terminaria em tragédia em 15 de abril de 2015, começou no dia anterior, quando Milton, segundo seu próprio relato, descobriu que Amanda era procurada por um homicídio, cometido em Brasília.
"Ela me contou sobre a vida dela, que havia sido garota de programa, que tinha um ex-marido traficante, e aí meu mundo caiu. Eu não acreditei", relatou ele.
No dia do crime, Milton contou que bebeu durante o almoço com a ex-muher, Ariane, que teria ligado pra ele na noite anterior. Ao deixar a ex em casa, Milton foi avisado pela filha que Amanda estaria "quebrando sua casa toda". Ainda segundo a filha, Ariane teria avisado a Amanda que estava almoçando com Miltinho. "Se ela não tivesse avisado, nada disso teria acontecido", afirmou.
Vídeo mostra agressão
Dançarina goiana Amanda Bueno, 29, foi assassinada no RJ (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)Dançarina goiana Amanda Bueno, 29, foi assassinada
por Miltinho
Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que a dançarina Amanda Bueno, de 29 anos, foi agredida e baleada antes de morrer.
O noivo da ex-integrante da Jaula das Gostozudas e da Gaiola das Popozudas confessou o assassinato, que teria sido motivado por ciúmes. Em depoimento, segundo o advogado Hugo Assumpção, ele disse que teve um "surto" e que está arrependido.
No vídeo, os dois aparecem saindo pela porta. Eles caem no chão do jardim e ele começa a bater com a cabeça dela na pedra, antes de dar vários socos no rosto da mulher, já sem reação. Em seguida, Milton se levanta, volta com uma arma e dispara contra Amanda.
Em novembro de 2015, a 4ª Vara Criminal de Nova Iguaçu decidiu que Milton Severiano Vieira iria a júri popular por matar a ex-mulher. Miltinho asfixiou e agrediu a ex-mulher, atirou em seu rosto e ainda tentou limpar a cena do crime.

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