segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

RIO DE JANEIRO - Polícia investiga perfis de redes sociais por ameaças a Tico Santa Cruz

Tico Santa Cruz visitou a ocupação de alunos na Escola Estadual Caetano de Campos, na Aclimação, em São Paulo (Foto: Glauco Araújo/G1)
A Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI) iniciou investigação por injúria e ameaças no Facebook contra o cantor Tico Santa Cruz, de 38 anos. Vinte e cinco usuários — 24 por injúria e um por ameaça — devem ser investigados pela especializada por xingamentos e até pedidos de agressão ao artista. O registro foi realizado na quinta-feira (25).
O cantor é conhecido na rede social por posts em que fala de política.
Em um dos posts que foram entregues à delegacia, um lutador de MMA afirma que "seria capaz de dar-lhe uma surra", referindo-se ao cantor. O lutador compartilhou e criticou um post de Tico ironizando a posse de um iate do filho de Luiz Inácio Lula da Silva. O homem diz que o cantor "faz piadas e debocha enquanto o povo sofre nas mãos da quadrilha que se apoderou deste país".
Internauta afirmou que tinha vontade de agredir cantor por causa de post (Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal)Internauta disse que seria capaz de 'dar uma surra'
em Tico
Outro internauta faz referência ao lutador, ao dizer que "gostaria de ver ele detonar esse esquerdopata nojento (referindo-se a Tico Santa Cruz) no octógono mesmo... Todos gostaríamos de ver ele levar uma surra para aprender a ser homem."

Para os crimes de injúria e ameaça, a legislação prevê a transferência dos casos para o Juizado Especial Criminal (Jecrim), com penas alternativas ou distribuição de cestas básicas.
"Estamos entrando com esta ação também para nos posicionarmos contra a disseminação do ódio pela internet. O Tico tem uma atuação política grande nas redes, e queremos lutar contra esse ódio", disse o advogado Renato Teixeira de Sousa, que fez o registro na delegacia.
Outros casos
No último ano, a delegacia especializada investigou centenas de perfis por mensagens racistas contra a atriz Taís Araújo e a jornalista Maria Júlia Coutinho. Na época, o delegado titular, Alessandro Thiers, avaliou que o crime de racismo na internet era "recorrente".
Segundo a delegacia, o crime mais comum em 2015 foi o vazamentos de fotos e vídeos íntimos, seguido por pedofilia, fraudes financeiras e os crimes de apologia.


Chuva faz Rio entrar em estado de atençãoAvenida Brasil tinha chuva forte no fim da manhã (Foto: Alba Valéria Mendonça/ G1)

A cidade do Rio de Janeiro entrou em estado de atenção às 12h40 desta segunda-feira (29), de acordo com o Centro de Operações Rio. A causa foi a atuação de núcleos de chuva moderada a forte em vários pontos do Rio, principalmente na Zona Oeste.
A Zona Oeste registra a chuva mais forte até o momento. Os maiores índices são no Recreio dos Bandeirantes, Barra da Tijuca, Guaratiba e Sepetiba estão entre os locais mais atingidos.
A cidade teve dois dias de calor intenso no fim de semana. De acordo com o Alerta Rio, o Rio registrou 41,4ºC no sábado (27), com sensação térmica de 48ºC. No domingo (28), a cidade teve temperatura máxima de 41,1ºC na estação de Guaratiba, na Zona Oeste do Rio, às 11h45. A sensação térmica foi de 47ºC. As praias ficaram lotadas de banhistas.
O estágio de atenção é o segundo nível em uma escala de três e significa chuva moderada, ocasionalmente forte, nas próximas horas.
Tempo fechado na região do Pechincha, na Zona Oeste (Foto: Viviane Mateus/ G1)


Bebês com microcefalia e gestantes terão atendimento especial no RioEquipe do Instituto do Cérebro, no Rio, apresenta projeto de atendimento especial para gestantes e bebês (Foto: Fernanda Rouvenat/G1)

Grávidas expostas ao vírus da zika e crianças já diagnosticadas com microcefalia poderão ter acompanhamento médico no Instituto Estadual do Cérebro a partir desta terça-feira (1º). A proposta da Secretaria Estadual de Saúde e do IEC é fazer um projeto de acolhimento à essas gestantes e às crianças com microcefalia, onde elas terão a oportunidade de passar por exames multidisciplinar.
 
Para o secretário Estadual de Saúde, Luiz Antônio Teixeira Júnior, esse será um projeto inovador para o Rio de Janeiro e também para o Brasil.
"Estamos com um projeto que vai acolher a gestante e um projeto que vai acolher as crianças. A gente vai conseguir que todas as crianças nascidas com microcefalia no Estado do Rio de Janeiro que tiveram contato com o zika vírus vão passar aqui pelo Instituto do Cérebro. Nós vamos fazer avaliação multiprofissional, com exames, com consultas que vão poder delinear e o estado do Rio de Janeiro vai conhecer todos os seus pacientes que tiveram microcefalia. Isso vai servir que a gente tenha um grupo controle para Brasil e para o mundo", explicou o secretário.
De acordo com Luiz Antônio Teixeira Júnior, o atendimento trará também uma expectativa de futuro para essa criança e o que será preciso montar em cada município, especificamente, para que haja uma rede proteção social para a mãe e para a família.
"Cada mãe que fizer o seu exame e o exame der positivo para o zika vírus, independente de estar com diagnóstico ou não de microcefalia, diretamente nos vamos marcar uma ultrassonografia no RioImagem para ela. Se tiver, nesse exame uma positividade para a microcefalia, nós vamos agendá-la para o Instituto do Cérebro, para que a gente possa fazer uma ressonância fetal para a gente acompanhar essa mãe", disse.

Instituto terá 500 atendimentos por mês
Segundo o diretor do IEC, Paulo Niemeyer, a unidade poderá receber em torno de 50 crianças por mês. Elas passarão por, aproximadamente, 10 consultas, totalizando cerca de 500 atendimentos mensais no Instituto.
"Essas crianças vão precisar de uma avaliação que passa pelo neurologista infantil, pela pediatria, pelo psicólogo, pela fisioterapia. Vamos avaliar a extensão do comprometimento do sistema nervoso dessas crianças. Temos aqui no instituto uma equipe ampla e estamos fazendo uma adaptação para receber essas crianças no instituto", explicou Paulo Niemeyer.
Inicialmente, as crianças passarão por uma avaliação para saber do que necessitam e conhecer o grau de comprometimento que cada uma precisará adiante. Os casos de microcefalia que vão passar pelo Instituto, vão ser avaliados os que vão precisar de um atendimento de continuidade.
"A nossa opção foi de pode trazer todas as crianças nascidas no estado do Rio de Janeiro pra cá para dar segurança à mãe. O nosso pensamento foi inverter a lógica de que a mãe vai ser atendida lá num município distante, procurando os exames, muita das vezes sem orientação. Quando ela vem pra cá, ela vai ter acesso a todos os exames necessários e nós vamos criar uma rede com os municípios", disse o secretário Estadual de Saúde.
Pacientes serão encaminhados para reabilitação
Serão acolhidas no IEC as gestantes que tiveram todos os exames confirmados e já estão gerando fetos com microcefalia. A partir do contato com essas crianças, todo material que for coletado se transformará em estudo, informou o diretor do IEC.
"Esse material servirá para a gente conhecer a doença e tentar compreender melhor o que se passa. Muitas crianças poderão ter epilepsia no decorrer do seu desenvolvimento. Essas poderão voltar para tratamento, mas a grande maioria dessas crianças vai precisar de reabilitação. Nós não somos, propriamente, um centro de reabilitação, um caso outro poderá ser encaminhado de volta. A ideia inicial e avaliar essas crianças para determinar o que cada uma precisa, avaliar o grau de comprometimento de cada uma e entender melhor o que está se passando", explicou o diretor Paulo Niemeyer.
Hoje, o Rio de Janeiro tem 48 gestantes com feto diagnosticado com microcefalia e cerca de 200 crianças, já nascidas, portadoras da doença.
Guillain-Barré
De acordo com o secretário Estadual de Saúde, também poderá ser montado no Rio de Janeiro uma central de atendimentos para pacientes portadores da síndrome de Guillain-Barré. O projeto será uma parceria do governo do estado com o Ministério da Saúde, mas ainda há um estudo para saber qual hospital será referência para esses atendimentos.


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