Até 18 de dezembro do ano passado, 12 dias antes de o Sistema Cantareira sair do volume morto, a redução de pressão durava, em média, 15 horas diárias, normalmente no período da tarde e noite. Com as mudanças, o período médio caiu para 8 horas diárias, no fim da tarde e madrugada.
A Sabesp disponibilizou na internet a relação dos bairros, por cidade, os horários em que haverá redução de pressão. A companhia recomenda que o morador tenha reserva de água adequada ao consumo dos usuários por 24 horas e que verifique se as instalações internas estão ligadas à caixa de água e não diretamente à rede da rua.
A redução de pressão representa 52% do consumo de água registrado na região metropolitana, segundo dados da companhia na primeira quinzena de 2016. Apesar de aliviar o racionamento, a Sabesp disse, em nota, que a prioridade continua sendo a recuperação dos mananciais.
Racionamento 'oficial'
Em janeiro do ano passado, a companhia admitiu, pela primeira vez desde o início da crise, que toda a Grande São Paulo estava com redução de pressão. Após um pedido da Justiça, a empresa divulgou um mapa das áreas afetadas.
Na época, a Sabesp afirmou que a redução ocorria “preponderantemente durante a noite/madrugada, período em que grande maioria da população dorme e as atividades econômicas praticamente inexistem”. Se o imóvel tiver caixa d'água, a redução da pressão na rede não é percebida, disse a Sabesp.
A realidade vivida pelos moradores, no entanto, foi outra. acompanhou as alternativas encontradas por famílias de São Paulo para enfrentar as torneiras secas
Segundo a Sabesp, a implantação de rodízio é evitada para não prejudicar, principalmente, a população localizada em regiões altas ou em final de rede.
ANA nega aumento de vazão
A Agência Nacional de Águas (ANA) negou o pedido da Sabesp para aumentar em 78% a retirada limite de água do Sistema Cantareira para a região metropolitana de São Paulo para o mês de janeiro. Em documento enviado na sexta-feira (15) ao Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo (DAEE), a agência discorda do departamento estadual, que foi a favor do aumento no limite de retirada, e propõe aumento menor de captação das represas.
A Sabesp havia proposto, na segunda-feira (11), alterar o local de captação a ser fixado o limite de retirada, mudando da estação elevatória de Santa Inês para o túnel 5, que liga as represas Atibainha e Paiva Castro, e autorizar no novo ponto uma vazão de 19,5 m³/s. A média de captação em janeiro, até o momento, é de 15,65 m³/s, segundo boletim da companhia. Um metro cúbico (m³) de água corresponde a 1 mil litros.
A empresa de abastecimento afirmou que subir a vazão pode melhorar a situação dos consumidores nas "pontas de rede, afetados pela redução de pressão". Como justificativa, a companhia alegou bons índices de chuva, e obras de combate à crise hídrica já concluídas ou em andamento.
Mas, segundo a análise da ANA, a represa Paiva Castro deve ser considerada como integrante do Cantareira para uma análise "mais realista" da capacidade de atendimento das demandas pelo sistema. Com a proposta da Sabesp, a agência entendeu que o volume retirado em Santa Inês chegaria a 24 m³/s (soma de 19,5 m³/s do túnel 5 mais 4,5 m³/s correspondentes às vazões afluentes da Paiva Castro.
Neste caso, o aumento efetivo nas vazões seria de 78% em relação ao que foi autorizado para janeiro de 2016 e de 60% com relação ao que foi autorizado para dezembro de 2015, já que agência federal e DAEE autorizaram aumento excepcional de retiradas em dezembro de 13,5 m³/s para 15 m³/s, a pedido da companhia, para atender às demandas de consumo de água nas festas de fim de ano na Grande São Paulo.
O órgão regulador afirmou que, apesar do aumento do índice de chuva no Sistema Cantareira em dezembro e janeiro, o manancial ainda não retornou ao nível normal e defendeu que a operação de reservatório no período de chuva deve priorizar a recuperação das represas e garantir a segurança hídrica da população.
A Sabesp informou, em nota, que fará estudos técnicos para avaliar qual é o efeito da resolução da ANA e do DAEE na retomada da normalidade do abastecimento de água. Segundo a companhia, a água do Sistema Cantareira é essencial para o encurtamento dos períodos de redução de pressão na rede de distribuição.
Moradora denuncia vagões de trens como possíveis focos de dengue
Uma moradora de Sorocaba (SP) denunciou uma área com vagões de trens abandonados como possível grande foco de criadouro do mosquito Aedes aegypt, transmissor de doenças como a dengue, zika virus e a febre chikungunya, atrás da casa dela, no bairro Santa Rosália.De acordo com Rosana Farias dos Santos, os vagões da antiga Fepasa estão estacionados sem qualquer proteção contra chuvas e podem acumular água. Ela afirma estar preocupada já que a nora, também moradora do local, está grávida.Por meio de nota, a concessionária informa que os vagões estão estacionados em área operacional e ressalta ter informado uma equipe multidisciplinar para atuar na retirada desses vagões em definitivo, com data ainda a ser definida. De acordo com a companhia, são realizados ainda trabalho de controle de vetores em suas áreas operacionais.
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