O Ministério Público do Paraná (MP-PR) em Santo Antônio do Sudoeste
impediu a realização de um evento que prometia uma “noite de rodízio”
de mulheres. O anúncio do evento que seria realizado nos dias 10 e 11 de
dezembro destacava que cada cliente pagaria R$ 200 para entrar e
poderia “consumir quantas garotas aguentasse”.
A denúncia foi feita pelo movimento Marcha Mundial das Mulheres ao
Núcleo de Promoção de Igualdade de Gênero (Nupige), o que levou a
promotoria a abrir um inquérito para apurar o caso e tomar providências
para evitar o crime de exploração sexual de mulheres.
“A princípio, a proposta era impedir que a festa acontecesse, agora as
investigações devem prosseguir a fim de levantar se o local registrado
como hotel e casa de shows vinha explorando mulheres sexualmente”,
comentou o promotor responsável pelo caso, Bruno Henrique Príncipe
França. “A princípio o dono negou que realizaria o evento e alegou que
foi alvo de fraude.”
Por enquanto, completou França, não há provas de que o panfleto tenha
sido impresso e distribuído, apenas há indicios de que tenha circulado
pela internet e aplicativos de mensagens de celular.
Além de proibir a festa e a realização de outros eventos que incentivem
a prática deste tipo de crime, o MP deu prazo de três meses para que o
proprietário providencie o auto de vistoria do Corpo de Bombeiros e
providencie um novo alvará de funcionamento, já que o que apresentou
tinha falhas como número de CNPJ inexistente.
Ainda segundo o promotor, a ação do MP neste caso “não vai contra as
mulheres que tiram proveito do próprio corpo para obter algum tipo de
renda, mas a terceiros que se aproveitam da situação para explorá-las
sexualmente”.
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